Educação em Saúde e estratégias de intervenção e controle de doenças cardiovasculares

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Entende-se por educação em saúde combinações de experiências de aprendizagem delineadas, que visam facilitar ações voluntárias que conduzem à saúde. A partir de 1960 no Brasil, algumas atividades de educação em saúde vêm sendo baseada na pedagogia da problematização, resgatando as ideias de Paulo Freire e outros educadores da mesma ideologia.

Para Freire (1969), o propósito da educação é a libertação humana, ou seja, as pessoas passam a ser sujeitos do seu próprio aprendizado. Suas reflexões baseavam-se nos processos de educação participativa e emancipatória, nas quais as pessoas são capazes de pontuar problemas e criar soluções, transformando-se e modificando realidades opressoras.

A educação em saúde, atendendo à perspectiva ampla da promoção da saúde, precisa considerar a humanidade dos envolvidos, o conhecimento popular, o seu valor específico e sua potencialidade de transformar e ser transformado em contato com o conhecimento da ciência.

A educação em saúde é um importante instrumento que pode e deve ser usado com o intuito de aumentar o autocuidado e a saúde dos indivíduos. É importante que as ações de educação em saúde, para serem realmente eficazes, devam considerar as perspectivas e anseios dos indivíduos, devam ser problematizadoras e terem o diálogo como base, levando em conta a realidade na qual a população está inserida.

Especificamente no combate às doenças cardiovasculares, aonde os fatores de risco modificáveis desempenham um papel determinante no seu aparecimento, a educação é uma importante ferramenta dos profissionais de saúde. Pesquisas e experiências realizadas em diversos países, e com êxito na reversão e mudanças positivas nas tendências de morbi-mortalidade por DCV, demonstram que alguns aspectos são essenciais para o desenvolvimento de estratégias efetivas de promoção da saúde nesta área:

– A maioria dos fatores de risco influencia durante o curso de vida dos indivíduos, com intensidades variáveis;
– A aquisição de hábitos saudáveis de vida tem retorno direto sobre a saúde do indivíduo, em qualquer época da vida, e sobre qualquer condição preexistente de saúde;
– O ambiente físico, socioeconômico e cultural tem ampla influência sobre o comportamento e o estilo de vida de indivíduos;
– As medidas de intervenção nas comunidades devem ter sustentabilidade a longo prazo, e devem incluir, especialmente, aqueles com menores possibilidades de escolha em razão da pobreza e da exclusão social;
– E a parceria entre atores sociais e econômicos, locais e nacionais, é necessária para intervenções sustentáveis.

Profª. Drª. Denise Gonçalves Moura Pinheiro
Docente do Curso de Nutrição do Centro Universitário Ateneu
Doutora em Cuidado em Saúde, mestra em Medicina Preventiva e graduada em Fisioterapia

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