O que a cirurgia bucomaxilofacial e a harmonização orofacial podem fazer para a Estética Facial

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O que devemos saber antes de procurar tratamentos estéticos dentários e faciais? O uso das redes sociais fiz com que as pessoas realizassem como rotina fotografias de si mesmas, as chamadas selfies, e se preocupassem mais com a estética dentária e facial e corporal, buscando procedimentos estéticos para melhorar a sua aparência. Mas será que temos conhecimento suficiente para entender de Estética Facial para saber escolher que procedimento fazer antes de consultar profissionais de saúde ou estética? 

É comum os pacientes já chegarem nos consultórios decididos por um determinado tipo de procedimento estético e não levarem em consideração a análise de um profissional experiente. E as redes sociais estão cheias de “doutores de Instagram”, profissionais com pouca experiência que investem muito em Marketing, na aparência e estrutura da clínica, mas não trabalham usando os conhecimentos da ciência para orientar bem as pessoas na escolha correta do procedimento ideal para melhorar a Estética Facial. 

A quantidade de cursos e serviços têm aumentado bastante, expondo as pessoas a um maior risco de complicações por realizarem procedimentos sem critério clínico e com profissionais inexperientes. Ao mesmo tempo, vem crescendo a discussão de profissionais de saúde, como médicos cirurgiões-plásticos e dermatologistas; cirurgiões-dentistas das áreas de Ortodontia, Odontologia Estética e Reabilitação Oral (Implantodontia, Periodontia e Prótese Dentária), Harmonização Orofacial e Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial; fisioterapeutas, biomédicos; farmacêuticos; enfermeiros dentre outras áreas, incluindo também a área da Estética, sobre qual o profissional ideal para realizar determinados procedimentos e também sobre a eficiência dos resultados alcançados. 

Portanto, saber o que fazer e com quem fazer é muito importante para o sucesso do procedimento. O diagnóstico e o plano de tratamento individualizado para cada paciente são etapas essenciais para que bons resultados sejam alcançados. Exames de imagem como fotografias, radiografias e tomografia computadorizada de face e modelos das arcadas dentárias obtidos através de moldagem convencional e confecção de modelos de gesso ou pelo escaneamento digital e impressão de modelos em resina também podem ser utilizados para o planejamento do tratamento. 

Alguns softwares e ferramentas digitais para planejar e prever resultados podem ser usados no planejamento digital do sorriso e planejamento tridimensional de cirurgia ortognática, como o Dolphin® e Nemotec®. Profissionais que se preocupam com o paciente e não visam apenas o retorno financeiro da sua clínica, normalmente, avaliam muito bem seus pacientes antes de propor um tratamento.  

Realizar procedimentos invasivos já na primeira consulta não é aconselhado. O profissional que submete seu paciente a um procedimento sem planejar e conversar antes sobre as opções de tratamento pode gerar insatisfação com o resultado, levando a processos judiciais e prejuízo aos colegas de sua mesma profissão ou especialidade. Ao analisar uma face, podemos definir em seis tipos de padrões faciais: padrão I (perfil facial normal ou reto), padrão II (Perfil facial convexo por deficiência de crescimento mandibular ou micrognatia), padrão III (perfil facial côncavo por deficiência de crescimento maxilar – retrusão maxilar ou excesso de crescimento mandibular – prognatismo mandibular), face longa (padrão facial em que o terço inferior da face está aumentado em relação aos terços superior e médio da face, há excesso de crescimento maxilar no sentido vertical com exposição de gengiva ao sorrir e tendência de crescimento mandibular vertical), face curta (padrão facial em que o terço inferior da face está diminuído em relação aos terços superior e médio da face, há deficiência de crescimento maxilar no sentido vertical e não aparece os dentes superiores no sorriso) e assimetria facial (padrão facial em que há assimetria dos lados direito e esquerdo da face por inclinação do plano oclusal em relação ao plano bipupilar, podendo estar associado à excesso de crescimento do côndilo mandibular de um dos lados – hiperplasia condilar, havendo desvio de linha média maxilar e/ou mandibular). 

Procedimentos cirúrgicos como a cirurgia ortognática, reabilitação com implantes dentários e zigomáticos, reconstrução total ou parcial de maxila e mandíbula, colocação de implantes faciais, rinoplastia, ritidoplastia, blefaroplastia, otoplastia, bichectomia, lipoaspiração submentoniana e facial, lipoenxertia facial, labioplastia, gengivoplastia (cirurgia plástica gengival) e clínicos como tratamento ortodôntico, reabilitação oral com facetas, próteses fixas e sobre implantes, rinomodelação, uso de fios de sustentação facial, aplicação de toxina botulínica e preenchimento facial podem contribuir para harmonizar a face, mas quando não são bem indicados, podem também desarmonizar. 

Portanto, a escolha do profissional ideal para cada procedimento desses é importante antes de decidir fazer um tratamento de harmonização orofacial. As plataformas da Internet como o Google e o Instagram, dentre outras redes sociais, são excelentes para conhecermos e encontrarmos profissionais, mas não nos dão todas as referências para a escolha do profissional ideal. Portanto deve ser levado em consideração para realizar cada procedimento estético facial a pesquisa da formação do profissional que pode ser acessada na Plataforma Lattes (https://lattes.cnpq.br) ou de registro da profissão e especialidade nos conselhos de classe.  

A busca em sites de entidades de classe de profissionais especialistas também podem ser levadas em consideração, mas não somente através delas, pois existe uma grande disputa desse mercado da harmonização orofacial e cada entidade defende os interesses individuais de seus associados. Dentre essas, estão disponíveis para busca de profissionais a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), a Associação Brasileira de Cirurgia Craniomaxilofacial (ABCCMF), a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial (CBCTBMF), a Sociedade Brasileira de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial (Sobracibu), a Associação Brasileira de Ortodontia (Abor), a Sociedade Brasileira de Estomatologia e Patologia Oral (Sobep), a Sociedade Brasileira de Odontologia Estética (Sboe), a Sociedade Brasileira de Reabilitação Oral (SBRO), a Associação Brasileira de Harmonização Orofacial (Abrahof), a Sociedade Brasileira de Toxina Botulínica e Implantes Faciais (SBTI), a Associação Brasileira de Enfermagem em Dermatologia, a Associação Brasileira de Fisioterapia Dermatofuncional, a Associação Brasileira de Farmácia Estética, dentre outras.

Prof. Me. Carlos Nicolau Feitosa de Albuquerque Lima Babadopulos
Docente do Curso de Odontologia do Centro Universitário Ateneu
Doutorando em Ciências da Reabilitação, mestre em Biologia Oral e Cirurgia Bucomaxilofacial, especializando em Auditoria e Gerenciamento de Saúde Pública, especialista em em Prática Profissionalizante em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial e em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial e graduado em Odontologia.

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