A influência do Taylorismo no trabalho atual

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O modelo de trabalho denominado de Taylorismo foi desenvolvido no final do século XIX pelo engenheiro mecânico estadunidense Frederick Taylor, com o objetivo de aumentar a produtividade, controlar as tarefas e aperfeiçoar a administração da produção industrial daquela época. Taylor é considerado o “Pai da Administração Científica” pelos seus métodos de racionalização do trabalho, baseado nos princípios do planejamento, preparação dos trabalhadores, execução, fracionamento das atividades e do controle das atividades industriais, com ênfase nas tarefas.

A partir dos ensinamentos de Taylor, Henry Ford inventou a linha de produção móvel e desenvolveu o modelo de trabalho da Ford Motor Company, denominado Fordismo, baseado na intensificação, economicidade e produtividade. Henry Ford conseguiu reduzir o tempo de produção artesanal do Ford T, que era de 12 horas e meia, para apenas 90 minutos na linha de produção móvel.

Após a Segunda Guerra Mundial, no Japão dos anos 1950, evoluindo a partir do Taylorismo, surge um novo modelo de trabalho na fábrica de automóveis da Toyota, denominado Toyotismo, focado no atendimento da demanda e sem desperdícios, como sugere a metodologia Just In Time, com certo grau de flexibilidade nas funções dos trabalhadores. A fábrica da Volvo também adotou um sistema de produção semelhante ao da Toyota, porém, com mais flexibilidade e autonomia do trabalhador, intensificando treinamentos e aperfeiçoamento dos operários, inclusive, com planejamento de recursos humanos, modelo este que ficou conhecido como Volvismo.

Taylor resolveu muitos problemas na época dele, típicos de uma revolução industrial, quando a sociedade sofria mudanças profundas nos sistemas de produção. A sua teoria ajudou a desenvolver vários setores industriais, destacando-se o setor automobilístico, aumentou a produtividade das organizações, mas também gerou movimentos contrários à especialização excessiva do trabalhador.

Com as inovações industriais ao longo do tempo, a reengenharia, a gestão da qualidade, a Internet e a globalização, os modelos de trabalho também evoluíram, principalmente, após as teorias da Escola das Relações Humanas na administração de Elton Mayo, que se opôs ao Taylorismo por acreditar que o homem não trabalhava apenas pelo dinheiro.

Atualmente, existem várias formas de organização empresarial e vários modelos de trabalho que se adaptam aos tempos modernos. Os avanços das telecomunicações possibilitam o trabalho remoto e permite que pessoas do outro lado do mundo atendam clientes sem estar no mesmo continente. O teletrabalho, o trabalho hibrido, a terceirização e redes de produção na cadeia de valor abriu um leque de opções para a organização do trabalho.

Prof. Me. Paulo Roberto Martins Grangeiro
Docente do Curso de Engenharia de Produção do Centro Universitário Ateneu
Mestre em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para a Inovação, tem MBA em Gestão Estratégica de Marketing e graduado em Administração de Empresas. É consultor e palestrante nas áreas de marcas e patentes, plano de negócios, empreendedorismo e inovação.

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