Características fisiopatológicas do novo coronavírus

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Os coronavírus causam infecções respiratórias e intestinais em humanos, levando ao desenvolvimento de sintomas de resfriado comum. No entanto, podem eventualmente evoluir para quadros de infecções respiratórias graves e morte. O modo de transmissão de pessoa para pessoa ocorre, principalmente, por meio de gotículas respiratórias produzidas quando uma pessoa infectada tosse ou espirra ou por aerossóis em pacientes submetidos a procedimentos de vias aéreas, como a intubação oro traqueal ou aspiração de vias aéreas.

Na população, a disseminação entre pessoas geralmente ocorre após contatos próximos, sendo particularmente vulneráveis os profissionais de saúde que prestam assistência a esses pacientes. A transmissibilidade dos pacientes infectados pela Covid-19 é em média de sete dias após o início dos sintomas. O espectro clínico da infecção por coronavírus é considerado amplo, pois pode variar de um simples resfriado até uma pneumonia severa. O paciente pode apresentar febre, tosse, cansaço e dificuldade para respirar. O diagnóstico laboratorial para identificação do vírus 2019-nCoV é realizado por meio das técnicas de RT-PCR em tempo real e sequenciamento parcial ou total do genoma viral.

Todos os pacientes que receberem alta durante os primeiros sete dias do início do quadro (qualquer sintoma independente de febre), devem ser alertados para a possibilidade de piora tardia do quadro clínico e sinais de alerta de complicações como: aparecimento de febre (podendo haver casos iniciais afebris), elevação ou recrudescência de febre ou sinais respiratórios, taquicardia, dor pleurítica, fadiga ou dispneia. Casos suspeitos ou confirmados para 2019-nCoV que não necessitem de hospitalização e o serviço de saúde opte pelo isolamento domiciliar, o médico poderá solicitar RX de tórax, hemograma e provas bioquímicas antes de serem dispensados para o domicílio a depender da avaliação clínica do paciente.

Para os pacientes imunocomprometidos, recomenda-se hospitalização e avaliar possibilidade de repetir o PCR (teste molecular) antes da alta hospitalar ou eventual transferência para quarto de enfermaria sem isolamento. Pacientes que necessitarem de internação prolongada por outras comorbidades, devem ter também PCR (teste molecular) repetidos para eventual liberação de isolamento, independente de ausência de febre e sintomas hospitalares.

Prof. Dr. Edfranck de Sousa Oliveira Vanderlei

Docente do Curso de Fisioterapia da UniAteneu

Doutor e mestre em Bioquímica e graduado em Fisioterapia

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