Reconhecimento da equipe de Enfermagem nas taquiarritmias e bradiarritmias

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A dor torácica das síndromes coronarianas agudas (SCA) ainda é o principal sintoma e mais evidente durante os atendimentos a pacientes, mas não é o único sintoma da SCA. A expertise do profissional no reconhecimento dos outros sinais ainda é um desafio no contexto do atendimento ao paciente na emergência. Vale ressaltar que pacientes apresentam SCA sem a presença da dor precordial como sintoma de SCA, apenas alterações eletrocardiográficas.

Neste contexto, trago a importância que o enfermeiro, seja ele emergencista ou não, possua habilidades no reconhecimento dos ritmos cardíacos presentes na SCA. É de suma importância que a detecção das alterações eletrocardiográficas a beira do leito seja enfatizada em treinamentos através de educação continuada e pela busca do conhecimento por parte do profissional.

Sempre trabalhei em urgência e emergência, e ainda observo a dificuldade de alguns profissionais, seja enfermeiros ou médicos, no reconhecimento precoce e tratamento imediato das SCA. Não apenas o reconhecimento do ritmo, mas o tratamento para a estabilização do paciente ainda é um desafio. Muitas vezes a habilidade do profissional foi adquirida no cotidiano laboral e na troca de experiência deixando o protocolo de atendimento a esses agravos enfraquecido.

O tratamento das bradiarritmias e taquiarritmias, instáveis ou estáveis, de QRS estreito ou alargado tem seu direcionamento diferenciado para cada situação, seja ela por cardioversão elétrica sincronizada ou química, desfibrilação, antiarrítmicos como betabloqueadores, bloqueadores de canais de cálcio, implementação de marcapasso transcutâneo ou mesmo com drogas vasoativas para controle das bradiarritimias. Porém, não é só tratar o monitor, como falamos no meio, mas sim tratar o paciente observando seus sinais e sintomas em conjunto com o ritmo apresentado no monitor, estando atento a níveis pressóricos, respiratórios e frequência cardíaca.

Desse modo, é fundamental que o profissional esteja treinado para esse tipo situação. A emergência não tem hora para acontecer, não tem data e local, e estar preparado para o reconhecimento do agravo de saúde facilita o direcionamento para o melhor tratamento e os cuidados de Enfermagem após o procedimento.

Prof. Denilson Félix Teixeira dos Anjos

Docente do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Ateneu

Especialista em Urgência e Emergência e graduado em Enfermagem. É instrutor do Advanced Cardiovascular Life Support e Basic Life Support pela American Heart Association (ID: 08200887063).

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