Pode-se afirmar que é garantido ao paciente com HIV o atendimento integral pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e que toda a equipe de saúde deva ser capacitada para prestar atendimento com ética, compromisso e responsabilidade frente a uma doença de estigma e crescimento no país. Entre as repercussões advindas da infecção, a saúde bucal daqueles com diagnostico de HIV/Aids é de prioridade de profissionais que atuem nestas condições, em especial do dentista, cuja garantia vem desde 1988 pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Sabe-se que há diversos tipos de lesões bucais associadas à infecção pelo HIV relatadas na literatura. As mais comuns são: candidíase bucal, leucoplasia pilosa, doença periodontal, infecção pelo vírus herpes simples e sarcoma de Kaposi, sendo a candidíase bucal a mais relatada em estudos de todo o mundo até os dias atuais.
Contudo, salienta-se que a terapia antirretroviral (TARV), por meio da redução da carga viral, deve promover mudanças na frequência e condições das complicações bucais relacionadas à infecção pelo HIV, diminuindo a prevalência e a gravidade de doenças associadas e/ou oportunistas. Portanto, em caso de hipótese de infecção pelo HIV, testes laboratoriais convencionais, bem como teste rápido, podem ser realizados de forma gratuita no SUS em unidades de saúde e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA).
Prof. Dr. Cesário Rui Callou Filho
Docente do Curso de Odontologia do Centro Universitário Ateneu
Doutor e mestre em Saúde Coletiva, especialista em Fisioterapia em Terapia Intensiva, em Anatomia Funcional, em Fisioterapia Cardiorrespiratória, em Educação na Saúde para Preceptores do Sistema Único de Saúde (SUS) e em Saúde Pública e graduado em Fisioterapia.
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