Engenharia Civil sustentável: o poder transformador do reaproveitamento

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A sustentabilidade é um conceito que envolve o emprego responsável de recursos naturais, garantindo as necessidades das próximas gerações. Construir de maneira sustentável requer aprimorar técnicas e materiais para reduzir ou mesmo eliminar o impacto gerado pela construção. Na busca por um mundo mais sustentável, a Engenharia Civil emerge como uma força motriz capaz de redefinir paradigmas construtivos e preservar os recursos naturais.

O reaproveitamento, como um pilar da sustentabilidade, revela-se como uma ferramenta poderosa, promovendo a harmonia entre o desenvolvimento urbano e a preservação do meio ambiente. Como exemplo de sustentabilidade, pode-se citar o “Eco Berrini Tower”, empreendimento localizado em São Paulo, que inseriu em seu projeto, sistemas de aproveitamento de águas e gerenciamento de resíduos e materiais. Pensando na eficiência energética, o projeto conta com o uso de fachadas de vidro de forma a otimizar a carga térmica do ambiente, além de apresentar sistemas inteligentes de refrigeração do ar.

O Edifício “One Angel Square”, em Manchester, por sua vez, é um testemunho inspirador de como a Engenharia Civil pode abraçar o reaproveitamento com inovação. O edifício possui características ecologicamente conscientes e foi projetado para atender a altos padrões de eficiência energética e ambiental, utilizando um sistema central de cogeração a biodiesel, estratégias de iluminação natural para reduzir drasticamente o consumo de energia, além de sistemas de recolha de água das chuvas e reciclagem de águas residuais, de forma a minimizar os consumos de água da rede pública de distribuição.

Ouro exemplo do poder transformador na Engenharia é do “Viaduto High Line”, em Nova Iorque, que personifica a reconversão criativa do espaço urbano. O que antes era uma estrutura ferroviária abandonada tornou-se um parque suspenso, integrando áreas verdes e espaços de lazer para a comunidade. Esse exemplo ressalta como o reaproveitamento na Engenharia Civil não apenas beneficia o meio ambiente, mas também contribui para a qualidade de vida dos habitantes urbanos.

O Museu de Arte Contemporânea de Niterói, projetado na década de 1990 por Oscar Niemeyer e inaugurado oficialmente em 1996, é um ícone da possibilidade de integrar design inovador com preocupações ambientais. Ao promover o reaproveitamento na Engenharia Civil, não apenas reduzimos a demanda por novos recursos, mas também transmitimos uma mensagem de responsabilidade e respeito pelo nosso planeta. O processo desafia engenheiros e arquitetos a abraçar a criatividade, remodelando e ressignificando estruturas preexistentes.

O reaproveitamento na Engenharia Civil não é apenas uma opção, é uma responsabilidade compartilhada em um mundo que clama por soluções sustentáveis. Enquanto as edificações sustentáveis, como o “Bosco Verticale” em Milão, abraçam a natureza em suas fachadas verdes, o movimento de reaproveitamento convida-nos a abraçar a nossa própria capacidade de transformar o passado em um presente sustentável e um futuro promissor.

A Engenharia Civil, por meio do reaproveitamento, assume seu papel de liderança na construção de um mundo mais resiliente e equilibrado, onde os pilares do desenvolvimento humano e a preservação ambiental caminham lado a lado. O reaproveitamento na Engenharia Civil transcende a mera reutilização de materiais e estruturas. É um princípio que requer repensar as oportunidades que residem nos edifícios e infraestruturas já existentes.

Profª. Drª. Maria Estela A. Giro
Docente do Curso de Engenharia Civil do Centro Universitário Ateneu
Doutora em Biotecnologia, mestre e graduada em Engenharia Química. Tem experiência na área de Engenharia Química, com ênfase em Processos Bioquímicos, atuando, principalmente, nos seguintes temas: Fermentação, imobilização celular e remoção de H2S.

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