Energia eólica offshore: o futuro da exploração energética dos ventos

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A busca por fontes de energia mais limpas tem sido um dos grandes objetivos das sociedades para combater as mudanças climáticas, e isso tem impulsionado diversos setores da matriz energética de muitos países. A energia eólica, por exemplo, tem sido cada vez mais relevante na produção de eletricidade no Brasil, tendo destaque a região Nordeste. Os aerogeradores, que transformam o movimento dos ventos em energia elétrica, tem se concentrado no continente, onshore. Porém, devido ao avanço das tecnologias, a geração de energia eólica em alto mar, offshore, tem ganhado destaque devido às suas diversas vantagens em produzir energia de forma mais eficiente.

Em alto mar, a rugosidade da superfície e os obstáculos são menores para o vento, proporcionando velocidades maiores e mais constantes do que em terra, aumentando a eficiência da geração de energia para o consumo da sociedade. No ambiente offshore, as turbinas utilizadas são maiores, devido à facilidade em transportar grandes estruturas pelo mar, e podem ser construídos parques eólicos maiores, pois demandariam muito espaço no continente onde o terreno seria mais valorizado. Isso faz com que o preço da energia produzida pela estrutura offshore seja mais economicamente vantajosa. Além disso, os impactos visual e acústico são muito reduzidos.

Apesar da produção de energia eólica onshore ainda ser mais barata, esse é um cenário que deve se reverter nos próximos anos. O custo dos terrenos mais valorizados para essa indústria vai ficar mais caro, pois irão ficar cada vez mais escassos, tornando o ambiente offshore economicamente mais atrativo. A produção de energia eólica offshore no Brasil ainda está em fase inicial e os benefícios de se produzir energia a partir desse ambiente são incontestáveis. Porém, é necessário que haja planejamento adequado da sua exploração, de forma a evitar o conflito com atividades já existentes nesse ambiente, como a pesca, o turismo e a prática de esportes náuticos, assim como os impactos ambientais.

Prof. Me. Felipe Oscar Pinto Barroso
Docente do Curso de Engenharia Civil do Centro Universitário Ateneu
Mestre e graduado em Engenharia Civil

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