A ideia de gerenciar pessoas pode parecer uma prática simples e até mesmo fácil, quando é apresentado uma percepção meramente teórica. Porém, existem fatores que são mais relacionais do que técnicos, e é por este motivo que os estudos voltados para gestão de pessoas se ocupam cada vez mais em alinhar os dois fatores (relacionais e técnicos), a novos modelos de gestão, que sejam eficientes e satisfatórios para as empresas e para os colaboradores, partindo do princípio que o capital monetário aumenta com a valorização do capital humano.
O sucesso organizacional acontece quando existe o alinhamento entre o modelo de gestão pretendido e a gestão de pessoas, porque a escolha deste modelo é determinante para os procedimentos gerenciais. Dessa forma, é possível pontuar que a condução da gestão é determinante para excelência, pois é por meio desta que a padronização acontece de forma consciente, como a comunicação, a resolução de conflitos e a otimização do tempo. Por isso, os estudos estão cada vez mais frequentes no assunto gestão de pessoas, porque é um grande desafio, no qual também requer competência e habilidade. Dessa forma, toda empresa necessita elaborar um método que faça os resultados positivos acontecerem, e este método deve estar integralmente ligado à cultura desejada ou na qual já esteja aplicada, porque este método é o modelo a ser seguido na administração do pessoal.
Existem diversos modelos a serem seguidos, porém, é preciso ser analisado o modelo ideal para o negócio, porque existem propostas tradicionais e existem outras mais modernas, como por exemplo: A gestão democrática, que envolve os colaboradores na tomada de decisão e no planejamento; a gestão meritocrática, que está alinhada à avaliação pela performance e desempenho individual, ou seja, reconhecimento por meio do esforço; a gestão com foco nos resultados, no qual não leva em consideração planejamento a longo prazo, e sim um resultado imediato, a gestão com foco em processos, que se opõe ao anterior, pois valoriza a qualidade na realização de cada passo; gestão autoritária e autocrática, onde valoriza a decisão do líder e barra a voz da equipe; a gestão de desempenho, que valoriza a performance e desempenho dos colaboradores com foco na aprendizagem e desenvolvimento individual; a gestão por competências, que direciona-se à valorização das competências técnicas e comportamentais, ou seja, todas as habilidades são consideradas; e a gestão por cadeia de valor, que está direcionada à necessidade e expectativa do cliente.
Mesmo com diversos modelos apresentados, não existe um melhor do que o outro, e nem o mais indicado para cada organização, porque para prática diária é preciso observar alguns fatores, como a quantidade de colaboradores, a missão, a visão, os valores, a cultura, as atividades desenvolvidas pela empresa, o segmento de atuação, o tempo de atuação, dentre outros. No entanto, é importante destacar que não existe uma fórmula, porque também é possível optar por mais de um modelo, com pontos que sejam melhor aproveitado na organização, ou seja, é preciso analisar a fase em que a empresa está atravessando para traçar ou ajustar objetivos e expectativas diante da realidade, porque em uma determinada fase a empresa pode precisar de uma aplicação do gerenciamento tradicional, e em outra fase um gerenciamento moderno. Nesta perspectiva, é possível afirmar que não existe um modelo pronto ou específico, porém, todos os modelos podem ser explorados, levando com consideração o perfil da liderança e da empresa.
Profª. Sherida Nayara Alves da Silva
Docente do Curso de Processos Gerenciais do Centro Universitário Ateneu
Mestranda em Educação Profissional e Tecnológica em Rede Nacional, tem em MBA em Gestão de Pessoas, é especialista em Psicopedagogia e graduado em Gestão de Recursos Humanos, Pedagogia e Turismo
Saiba mais sobre o Curso de Processos Gerenciais da UniAteneu.