Ação da quiropraxia nas dores crônicas

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Dor crônica é definida como uma dor persistente, com duração superior a três meses, e é considerada uma das principais condições de incapacitação. Diferentemente da dor aguda, que serve como um sinal de alerta para o corpo sobre uma lesão ou doença, a dor crônica pode persistir mesmo após a cura do tecido lesado. Muitas vezes, essas dores estão relacionadas ao stress, qualidade de vida, alimentação e privação do sono.

Para melhorar essa condição clínica, existem várias terapêuticas que podem ajudar no processo de melhora. Além da atividade física, fisioterapia e medicação, a quiropraxia também atua como coadjuvante neste processo. Estudos científicos já mostram que as manipulações quiropráticas aliviam dores articulares, como lombar, cervical, torácica, membros inferiores e superiores.

A quiropraxia é uma especialidade da Fisioterapia que se concentra no diagnóstico e tratamento de distúrbios musculoesqueléticos, e tem sido objeto de crescente interesse científico, especialmente, como coadjuvante no tratamento das dores crônicas e stress. Baseia-se em manipulações vertebrais, onde por muitas vezes são escutados “estalos” no local, causando um bem-estar imediato.

Para que haja uma redução destas dores, precisamos também entender como a quiropraxia age no corpo e a sua relação com as dores crônicas. A quiropraxia age a nível articular, muscular e sistema nervoso central:

Articular: A manipulação busca restaurar o movimento articular normal, aliviando a pressão articular e tecidos moles, reduzindo a inflamação. Há formação de uma bolha dentro da articulação, favorecendo assim um aumento do espaço intra-articular, melhorando a movimentação.

Muscular: a manipulação, ao chegar na medula, envia um estímulo inibitório reflexo para a musculatura, diminuindo assim a sua ação. Isso faz com que estes músculos, antes tensos pelo stress, diminuam a sua atividade e relaxem, reduzindo os espasmos musculares.

SNC: é a parte mais importante da ação da quiropraxia. É no sistema nervoso central que a dor é modulada. Essa modulação inicia-se na medula espinhal, especificamente, uma zona chamada “substância gelatinosa”, que é responsável por produzir dois importantes neurotransmissores: substancia P (causa dor) e endorfinas (analgesia). A manipulação estimula a produção de beta-endorfinas que, por sua vez, inibe a produção da substância P, gerando o alivio da dor. Outra ação no sistema nervoso acontece no tronco cerebral, numa região chamada substância cinzenta periaquidutal (PAG), onde também ocorre a modulação da dor por meio da ação da dopamina, noradrenalina e serotonina.

Por fim, a quiropraxia representa uma opção de tratamento promissora para o manejo da dor crônica, oferecendo uma abordagem não farmacológica e com poucos efeitos colaterais. No entanto, é fundamental que os pacientes busquem profissionais qualificados e combinem a quiropraxia com outras modalidades de tratamento, como fisioterapia, educação em saúde e exercícios físicos, para obter os melhores resultados.

Prof. Dr. Eduardo de Almeida e Neves
Docente do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário Ateneu.
Doutor em Biotecnologia, especialista m Educação a Distância, especializando em Quiropraxia e graduado em Fisioterapia.

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