A radiografia panorâmica é hoje um dos exames por imagem mais utilizados na Odontologia. Por ser um exame simples, cômodo, acessível, com pouca radiação e que apresenta grandes informações das estruturas da face e dos dentes dos pacientes, tornou-se bastante usada. Nas crianças e jovens, esse exame radiográfico tem uma particular importância de prevenção e diagnóstico precoce.

Além dos dentes erupcionados e os que ainda vão erupcionar, a radiografia panorâmica mostra os seios maxilares, a cavidade nasal, os ossos da maxila e da mandíbula, o osso que sustenta os dentes e a articulação temporomandibular (ATM), entre outras estruturas. Durante o exame clínico, o dentista não consegue visualizar a raiz dental, o osso que sustenta os dentes e nem os dentes que ainda não nasceram. Logo, em muitos casos, o mesmo solicita a radiografia panorâmica para complementar os dados obtidos.

A odontogênese e a erupção dos dentes têm uma cronologia que se inicia ainda na sexta semana de vida intrauterina e se estende até os 18 anos de idade. Durante a infância e adolescência, é necessária, em muitos casos, a realização dessa radiografia para diagnosticar a causa de ausência de dentes, dentes supranumerários e elevações nos ossos que podem ser cistos e tumores originados nos tecidos odontogênicos.

Lembrando também que outros distúrbios na fase de formação e erupção dos dentes podem ser prevenidos e diagnosticados precocemente. Pode-se avaliar através desse exame a articulação temporomandibular (ATM), o osso que sustenta os dentes (osso alveolar), a obstrução da cavidade nasal e as tonsilas faríngea (adenoide) e palatina (amígdalas).

As cáries, um problema de saúde pública, que pode levar a perda dos dentes precocemente e infecções nos ossos, também são visíveis nas radiografias panorâmicas, mesmo que não tenham sido diagnosticadas clinicamente. Os traumas faciais e dentais podem levar à fratura de ossos e dentes. A radiografia panorâmica tem a vantagem de apresentar uma visão geral de todos os elementos dentais, estruturas de sustentação e ainda comparar o lado direito e esquerdo.

Então, quanto mais cedo se faz o diagnóstico dos distúrbios odontogênicos e de outras alterações dos ossos da face, melhor é o prognóstico, evitando assim mutilações e problemas estéticos.

Prof. Me. Carlos Antônio Moreira
Docente do Curso de Odontologia do Centro Universitário Ateneu
Mestre em Radiologia, especialista em Radiologia Odontológica e em Patologia Bucal e graduado em Odontologia

Saiba mais sobre o Curso de Odontologia da UniAteneu.