A empregabilidade do setor de TI no período de pandemia e o novo perfil profissional

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O Brasil possui taxas de desemprego alarmantes. Segundo o Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), no terceiro trimestre de 2021, essa taxa chegou aos 12,6%. O número de pessoas buscando emprego chegou a 13,5 milhões. Na contramão desses números, o setor de Tecnologia da Informação (TI) vem apresentando uma oferta de vagas inéditas. Além do aquecimento do mercado nacional, os recrutadores estão encontrando grande dificuldade em contratar, pois enfrentam concorrência do mercado estrangeiro. Benefícios como home office, ganhos em moedas estrangeiras valorizadas em relação ao real e flexibilidade de horário são estratégias na hora de contratar. A procura por profissionais qualificados torna cada vez mais os perfis da área de TI os mais promissores no período pós-pandemia.

Áreas da TI como segurança da informação, business intelligence, big data, data analytics, mobile, computação em nuvem e infraestrutura possuem alguns dos profissionais mais requisitados, e com isso mais difíceis de se contratar. Durante a pandemia, houve a necessidade do isolamento social e um dos setores que mais foi requisitado foi o de TI. Os desafios do home office ressaltaram a importância desses profissionais nas organizações.

Como reflexo da necessidade de todas as áreas por profissionais de TI para manter a sua produtividade, houve o aumento da procura e da média salarial em toda a área de TI. Em pesquisa do site Olhar Digital, foi constatado que em setembro de 2020 o salário base nessa área no Brasil era, em média, de R$ 6.020,41 e em fevereiro de 2021, passou para R$ 9.364,21. Em um momento de crise financeira, inflação e pandemia, investir em um setor que soube se adaptar ao momento é fundamental.

O que podemos concluir com esse cenário é que existe uma alta demanda por bons profissionais de TI. E nesse momento, o que se torna primordial é investir em qualificação. Aquele profissional que durante o período da pandemia soube se adaptar ao novo perfil de trabalhador, que sabe organizar seus horários, que se mantém atualizado, que investiu em outros idiomas, pode escolher onde trabalhar e que tipo de benefícios terá.

No cenário acadêmico, cursos de Tecnologia precisam ser mais objetivos, se modernizar e criar mais parcerias com empresas para que essa mão de obra que está se formando tenha uma transição mais rápida com a rotina profissional. Em artigo do portal do Governo de São Paulo é informado que de acordo com um estudo feito pela Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais (Brasscom), por ano, o Brasil forma 46 mil pessoas no ensino superior com perfil tecnológico. Porém, esse número é insuficiente, já que segundo o mesmo artigo, até 2024, o país precisará de 70 mil profissionais anualmente.

Com uma previsão dessas, com um cenário atual favorável, os cursos de Tecnologia despontam com uma necessidade urgente: Formar mais profissionais quem possam suprir as necessidades do mercado, suprindo as expectativas dos empregadores. Além das instituições de ensino, as empresas precisam dar o suporte para esse novo perfil. Os profissionais mais capacitados estão buscando outros mercados onde trabalham remotamente. Essa nova era de alta demanda parece que veio para ficar. Atualmente, os trabalhadores da TI parecem seguir o perfil de buscar a modalidade de home office, onde não se perde tempo com deslocamento, com trânsito, conseguem um convívio maior com família, tem a possibilidade de realizar projetos pessoais e podem investir em lazer e capacitações.

Podemos concluir com todos esses dados que a área de TI precisa de bons profissionais e é uma área que dá a essa mão de obra uma qualidade de vida que é almejada por vários profissionais de outras áreas.

Prof. Arielton Gomes Nunes
Docente do Curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas do Centro Universitário Ateneu
Especialista em Engenharia de Software e graduado em Telemática

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