Gestão turística no estado

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Notadamente no Ceará, o turismo começou a se desenvolver a partir da implantação de políticas públicas que impulsionaram o crescimento turístico na região a partir do final da década de 1980. Nesse período, iniciou-se um processo de turistificação no litoral do Ceará com o Programa de Desenvolvimento do Turismo em Áreas Prioritárias do Litoral do Ceará (Prodeturis). Em seguida, foi adotado o Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste I e II (Prodetur/NE I e II), que representou grande relevância para o desenvolvimento do turismo, além do Prodetur nacional. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em especial, teve sua contribuição no desenvolvimento turístico da região, haja vista as obras de infraestruturas como construções e reformas de aeroportos, reformas, ampliações e construções de vias litorâneas, por exemplo.

A gestão de atividades turísticas é uma atividade de grande complexidade, uma vez que atua diretamente com pessoas que buscam satisfazer seus desejos, suas necessidades e suas expectativas através de investimento financeiro que, geralmente, são caros. Clientes em restaurantes ou hóspedes em hotéis esperam que o serviço prestado pelo estabelecimento atinja ou, melhor, supere suas expectativas, por exemplo. Caso contrário, pode gerar consequências negativas para os negócios e porque não dizer para a economia. A gestão dessas organizações tem necessidade de ser flexível e criar estratégias para reverter possíveis contestações, visto que clientes insatisfeitos podem compartilhar suas insatisfações em redes sociais que muitas pessoas visitam.

Mediante a grave crise pandêmica mundial do Sars-19 e suas variantes, o turismo tem sido fortemente atingido. As pessoas deixaram de sair de suas casas, aeroportos foram fechados e os principais pontos de lazer deixaram de ser frequentados. Com isso, a pandemia gerou uma grave crise financeira, principalmente, no Nordeste, em especial no Ceará, sobretudo, para as pessoas mais vulneráveis, que geralmente trabalham do modo autônomo e dependem exclusivamente do turismo para sustentar suas casas.

Nesse momento pandêmico, devem ser pensadas, por parte dos governantes e empreendedores, estratégias que garantam a minimização dos riscos de contaminação no período quando o turismo está retornando às suas atividades seguindo todas as normas sanitárias vigentes. Contudo, os usuários têm apresentado resistências em seguir as normas de segurança adotadas pelos órgãos públicos e, caso haja o descumprimento, a contaminação será certa e as consequências serão irremediáveis.

Prof. Dr. Ricardo César de Oliveira Borges
Docente do Curso de Processos Gerenciais do Centro Universitário Ateneu
Pós-doutor e doutor em Geografia, mestre em Administração, tem MBA em Administração e Negócios, especialista em Gestão e Didática do Ensino Superior e em Estratégia e Gestão Empresarial e graduado em Administração de Empresas.

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