Valorização das empresas com ações ESG

Você está visualizando atualmente Valorização das empresas com ações ESG

A partir da década de 1990, as empresas passaram a se envolver cada vez mais nos instrumentos voluntários de mercado voltados à sustentabilidade, os quais se revelaram de extrema importância e indutores de boas práticas socioambientais corporativas, como formas de diferenciação frente aos concorrentes na captação de investidores (MAIMON apud VIEIRA; MAIMON, 1993).

Para valorizar as empresas que adotam práticas sustentáveis na sua gestão, foram criados índices ESG por diversas bolsas de valores pelo mundo, sigla que significa, em português, componentes ambiental, social e governança nas empresas, para classificar e pontuar o valor de suas ações, com vistas à captação de investidores, verificando-se as seguintes questões:

Ambiental: Uso sustentável dos recursos naturais; tratamento de resíduos e efluentes; emissão de gases do efeito estufa; eficiência energética; e combate à poluição.

Social: Direitos humanos; boas práticas nas relações de trabalho; treinamento e desenvolvimento dos funcionários; inclusão e diversidade na força de trabalho; engajamento dos funcionários; relacionamento com a comunidade; políticas de privacidade e proteção de dados; e satisfação dos clientes.

Governança: Ética e transparência; independência do Conselho de Administração; diversidade na composição do conselho; políticas claras de remuneração por resultados; auditoria e controle fiscal; e canal de ouvidoria.

No mercado de investimentos sustentáveis, o primeiro índice ESG criado no mundo foi o Dow Jones da bolsa de valores de Nova Iorque, em 1999. No Brasil, o indicador ESG foi criado em 2005 pela B3, denominado ISE B3, caracterizando-se como um componente novo no mercado de ações, que atualmente conta com mais de 50 índices ESG pelo mundo.

Este novo modelo de avaliar as empresas no mercado de ações tem por finalidade estimular as práticas ESG nas organizações, que passam a valorizar mais ações concretas no campo ambiental, social e de governança, além de oferecer mais segurança aos investidores.

Prof. Me. Paulo Roberto Martins Grangeiro
Docente do Curso de Administração do Centro Universitário Ateneu
Mestre em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para a Inovação, tem MBA em Gestão Estratégica de Marketing e graduado em Administração de Empresas. É consultor e palestrante nas áreas de marcas e patentes, plano de negócios, empreendedorismo e inovação.

Conheça mais sobre o Curso de Administração da UniAteneu.