A Fisioterapia no Brasil, reconhecida como profissão, é relativamente nova, quando comparada a outras áreas da saúde, como a Medicina e a Enfermagem. Frente a acontecimentos mundiais, como as epidemias de poliomielite e as grandes guerras, com um grande número de sequelados e deficientes físicos, houve uma necessidade de melhoria na formação dos fisioterapeutas, anteriormente considerados profissionais de nível técnico.
No Brasil, o Curso de Fisioterapia é fundamentado pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para o ensino de graduação em Fisioterapia, instituída pela resolução CNE/CES nº 4, de 19 de fevereiro de 2002. De acordo com estas diretrizes, o profissional fisioterapeuta egresso da universidade tem um perfil generalista, humanista, crítico e reflexivo, e é capaz de atuar em todos os níveis de atenção em saúde, com base no rigor científico e intelectual. O objetivo universal da Fisioterapia é identificar e maximizar o potencial do movimento humano dentro das esferas de promoção, prevenção, tratamento e reabilitação.
No entanto, existe uma tendência do ensino superior em Fisioterapia na valorização do individual, do tratamento e reabilitação, e na utilização de métodos e técnicas avançadas. Isto reflete no profissional que atua nos serviços de saúde, e o que vemos na prática clínica, são fisioterapeutas essencialmente reabilitadores. Uma definição mais completa e moderna, da American Physical Therapy Association (Apta), diz que Fisioterapia é uma “profissão da saúde, cujo principal objetivo é a promoção da saúde e da função, por meio da aplicação de princípios científicos para evitar, identificar, avaliar, corrigir ou minimizar a disfunção aguda ou crônica dos movimentos”.
Embora fisioterapeutas devam estar comprometidos em promover atividade física e o exercício, na prática os serviços de Fisioterapia geralmente focam na recuperação e manutenção da função e qualidade de vida nos indivíduos com perdas e distúrbios de movimento. Existem áreas dentro da Fisioterapia já consagradas como áreas de “prevenção” e “promoção da saúde”, como por exemplo, a prevenção de lesões por esforços repetitivos (LER) e doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho (Dort).
O trabalho e especificidades do profissional da área estão bem estabelecidos dentro de empresas e locais de trabalho. Outra área que vem crescendo bastante dentro da Fisioterapia, e que tem destaque na promoção de saúde, é o trabalho dos fisioterapeutas com as gestantes antes, durante e após o parto, bem como a atuação com disfunções relacionadas ao envelhecimento.
O profissional que trabalha com atividades de educação e promoção de saúde precisa olhar com mais cautela seu paciente, buscando conhecer e compreender o mundo em que vivem e, a partir daí, saber fazer um manejo de estratégias de cuidado para atingir melhores resultados no decurso do tratamento de saúde.
É de grande significância a atuação do fisioterapeuta nos três níveis de atenção à saúde, desenvolvendo as práticas no sentido de promoção de saúde, desenvolvendo grandes benefícios tanto para as instituições, como para a sociedade em geral, que passará a ter um profissional mais completo e integrado aos novos desafios dos serviços de saúde no que concerne à busca da integralidade e equidade em saúde.
Profª. Drª. Denise Gonçalves Moura Pinheiro
Docente do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário Ateneu
Doutora em Cuidado em Saúde, mestra em Medicina Preventiva e graduada em Fisioterapia
Prof. Me. José Evaldo Lopes Júnior
Coordenador do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário Ateneu
Mestre em Ciências Fisiológicas, especialista em Saúde do Idoso e graduado em Fisioterapia
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