Câmbio valorizado: quem ganha e quem perde?

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Prezado leitor, este texto tem o objetivo de elucidar quem ganha e quem perde quando o câmbio está valorizado. Através de uma explicação simples, vamos entender esta questão para os leitores que ainda não compreenderam como o câmbio valorizado pode propiciar vantagens e desvantagens para os agentes econômicos.

Considerando o regime de câmbio flutuante quando o câmbio está valorizado, a moeda estrangeira (dólar, euro, iene etc.) está valendo menos que a moeda nacional, ou seja, nossa moeda, o real, está valendo mais. Considerando a cotação de hoje (09/02/2023): US$ 1 = R$ 5,20, ou seja, um dólar americano equivale a cinco reais e vinte centavos. Assim, se o prezado leitor procurar uma casa de câmbio com R$ 200,00, sairá do estabelecimento levando, aproximadamente US$ 38,46.

Suponha que subitamente houve uma desvalorização no câmbio, que forçou você a ter mais de cinco reais para obter um dólar, por exemplo, US$ 1,00 = R$ 6,30. Nesta nova situação, meu caro leitor, os seus R$ 200,00 não poderão ser mais convertidos em R$ 5,20, mas, em US$ 31,75. Assim para a pessoa física ou jurídica, respectivamente, que resolve viajar para passar o ano novo na Times Square em Nova York ou comprar uma máquina que só é produzida no Texas é melhor comprar dólares em ambas as situações quando o câmbio estiver valorizado. Por quê? A moeda nacional (o real) ganha valor em relação à moeda estrangeira (dólar, euro etc.), ou seja, são necessários menos reais para comprar determinada moeda estrangeira.

E quem perde quando há uma valorização cambial? Suponha que agora a cotação seja US$ 1 = R$ 3,10. Neste novo cenário, o real fica mais forte, tornando nossos produtos de exportação mais caros, contribuindo negativamente para a queda na competitividade no mercado internacional. De fato, prejudicaria em muito nosso agronegócio e nosso turismo (os gringos iriam se afastar de nosso país).

Isto posto, quando o câmbio está valorizado, levam vantagem as empresas importadoras, as pessoas físicas que desejam viajar para o exterior e também os devedores – quando suas dívidas em contrato estão corrigidas em dólar. Por outro lado, com o câmbio valorizado, ocorrem diminuição das exportações e queda no ingresso de turistas estrangeiros em nosso país.

Prof. Me. Fabrício José Costa de Holanda
Docente do Curso de Administração do Centro Universitário Ateneu
Mestre em Economia Rural e graduado em Ciências Econômicas e Matemática (Licenciatura)

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