A explosão demográfica, a concentração das populações nas cidades, o maior grau de urbanização e as mudanças nos padrões de consumo levam a produção de uma diversidade de produtos e resíduos que contribuem para o crescente aumento na produção de resíduos sólidos urbanos (RSU), que precisam de sistema de coleta e tratamento diferenciados e de uma destinação ambientalmente segura.
Os modelos de desenvolvimento econômico, também, contribuem de forma significativa para a geração excessiva de RSU, pois são pautados na grande disponibilidade de produtos industrializados acondicionados em embalagens descartáveis e na obsolescência programada dos produtos, representando um desperdício energético e de recursos naturais, bem como uma fonte poluidora do meio ambiente.
A produção excessiva e o descarte incorreto de RSU impactam na sustentabilidade urbana, causando problemas sociais e ambientais, tais como: poluição do solo, do ar e das águas subterrâneas e de superfície, intensificação de enchentes, proliferação de vetores propagadores de doenças e catação em condições insalubres nas ruas e nas áreas de disposição final, causando um ininterrupto processo de degradação ambiental que afeta a qualidade de vida das pessoas e os bens naturais.
Dentro desse contexto, da sustentabilidade urbana, o processo de reciclagem assume um papel importante para minimizar os efeitos provocados pela geração excessiva e descarte incorreto dos RSU, diminuindo os impactos ambientais, os agravos à saúde e os passivos ambientais. No entanto, é necessário a separação desses resíduos na fonte geradora e a existência de programas de coleta seletiva.
Um avanço na gestão dos resíduos sólidos urbanos foi a sanção da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), em 02 de agosto de 2010. A Lei nº 12.305/10 estabelece que a responsabilidade pelos resíduos deve ser compartilhada entre o poder público, a sociedade e as empresas que fabricam e comercializam produtos e embalagens que são descartados após o consumo.
Porém, somente a sanção da PNRS não é suficiente para reduzir a quantidade de RSU descartados incorretamente, tendo a população um papel decisivo para a efetividade dos programas de coleta seletiva. Para tanto, é necessário que a participação popular em programas de coleta seletiva seja estimulada continuamente, uma vez que a responsabilidade pelo descarte correto do lixo, também é nossa.
Prof. Me. Leandro Moura da Silva
Coordenador do Curso de Administração do Centro Universitário Ateneu
Mestre em Administração, especialista em Gestão Estratégica e Marketing e graduado em Administração
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