Muito se fala, com frequência, nos noticiários de TV e jornais sobre a devastação e as ações irregulares do garimpo nas terras indígenas Yanomami. Há algum tempo, estas ações vêm acontecendo. Somente agora, após a divulgação explícita do que ocorre, como fato, nas terras da população indígena Yanomami, que vivem nestas regiões, é que, se, vamos dizer, “acordou” a população brasileira, os dirigentes dos Estados mais envolvidos e o nosso atual presidente da República, até que se instaurou imediatamente uma operação contra o financiamento do garimpo ilegal, nestas terras, pela Polícia Federal.
Foram expedidos vários mandados de busca e apreensão e bloqueios de bens dos envolvidos no esquema, bem como para acabar com estes roubos e o desmatamento das regiões onde os garimpeiros trabalham ilegalmente. São milhões de reais desviados destas terras pelos garimpeiros e pelos chamados “atravessadores” que levam o ouro ilegal, que é retirado destas terras, para outros locais, até internacionais, onde ele é, satisfatoriamente, vendido, saindo dos locais de extração, via terrestre e seguindo via aérea para os seus destinos, e isso tudo, sem nenhum tipo de controle ou fiscalização.
Vários crimes podem ser combatidos, tais como: o garimpo ilegal, o desmatamento das terras das reservas indígenas, levando para os seus habitantes os índios Yanomamis, que nem destas águas podem beber. São águas contaminadas por mercúrio, oriundo da extração do ouro, levando a óbito tanto os peixes quanto a população indígena. O esquema desta extração irregular movimentou grandes somas, envolvendo empresários, advogados e alguns servidores das prefeituras de alguns locais, entre os estados do Amazonas e Roraima.
É impressionante o desdém de tantas pessoas, tanto as envolvidas diretamente, quanto aos dirigentes, tudo isso, com a única preocupação de quanto mais lucro, melhor. Torna-se um grande absurdo pensar em lucros através do sacrifício de tantas pessoas inocentes, principalmente, as crianças Yanomamis, que estão padecendo dia após dia. Porém, segundo o que se lê, nossa lei dá muitas brechas para a atividade criminosa acontecer. Precisamos de mudanças, urgente.
Prof. Geraldo Alves Pereira Júnior
Docente do Curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Ateneu
Especialista em Iluminação e Design de Interiores e graduado em Arquitetura e Urbanismo
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