As crianças fazem parte do grupo de risco para deficiências de macro e micronutrientes, em consequência do rápido crescimento e desenvolvimento. O pico do desenvolvimento cerebral acontece a partir do terceiro trimestre de gestação até os dois anos de vida. Esse período de neurodesenvolvimento dependerá da oferta de nutrientes específicos, cuja deficiência pode afetar a programação metabólica. Intervenções nesse período são fundamentais para garantir a oferta nutricional ideal para uma vida saudável.
Os fatores físicos específicos podem determinar as necessidades dietéticas de cada micronutriente, como biodisponibilidade, capacidade de armazenamento e fase do ciclo de vida (infância, puberdade, gravidez), bem como os hábitos e o modo de viver. Esses compostos estão presentes em diversos alimentos (legumes, verduras, frutas, cereais integrais e sementes) e animais (carnes e laticínios).
Uma dieta diversificada, que inclua todos os tipos de alimentos, é capaz de fornecer esses compostos que o organismo necessita em quantidades reduzidas para diversas funções metabólicas (eles são cofatores para a ação de diversas enzimas do metabolismo energético), antioxidantes e estruturais ligados ao crescimento, desenvolvimento e sistema imunológico.
No entanto, quando a suplementação é necessária, ela deve ser analisada com cautela, levando em conta as recomendações diárias de ingestão (IDR) para cada faixa etária e as diversas preparações comerciais. Polivitamínicos podem conter vitaminas hidro e lipossolúveis em quantidades variáveis, com risco de toxicidade quando ingeridas em altas doses ou por tempo prolongado.
Profª. Renata Avelar Menezes
Docente do Curso de Nutrição do Centro Universitário Ateneu
Especialista em Nutrição Pediátrica e Escolar e nutricionista, com experiência em docência do ensino superior, Nutrição Clínica, Nutrição Hospitalar Infantil, Nutrição em Oncologia Pediátrica e em Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN).
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