Desenho universal: o caminho para uma sociedade mais justa

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O desenho universal foi um conceito criado pelo arquiteto Ronald Mace[1], no qual a percepção do arquiteto no momento que se projeta deve levar em consideração os vários perfis de usuários dos espaços, como por exemplo: crianças, idosos, pessoas com limitações temporárias ou permanentes. É um desenho e conceito pensado não somente para o projeto arquitetônico e urbanístico e sim para toda a gama de produção de design, atendendo, assim a população em geral e levando em consideração todas as suas particularidades.

Com isso, o referido autor juntou-se com alguns outros profissionais e criou sete princípios para orientar os profissionais projetistas a melhor forma de integrar todos os recursos para que seja possível atender ao maior número de pessoas. São eles: Igualitário, adaptável, óbvio, conhecido, seguro, sem esforço e abrangente. Quando pensamos na utilização dos espaços e produtos de mobiliários com segurança e autonomia por qualquer pessoa, podemos vislumbrar a mobilidade e uma vida mais independente para todos, independente da sua faixa etária, gênero, e suas particularidades físicas ou cognitivas.

Com isso vão surgir vários benefícios ligados à mobilidade e ao desenvolvimento econômico das empresas, assim, essas empresas poderão ser beneficiadas[2] com um aumento no consumo dos produtos que tiverem o desenho universal, atingindo uma maior quantidade de pessoas, com um uso mais equitativo, abrangendo, consequentemente, uma ampla gama de preferências e habilidades individuais, uso de forma eficiente e confortável dos espaços e equipamentos.

Mas, por que o desenho universal é um caminho para a sociedade mais justa? Imagine um espaço ou equipamento ao qual permite a utilização com liberdade, de forma autônoma e igualitária. O desenho de espaços com esse tipo de característica nos permite mais humanização, ser mais sensível às necessidades de todos, independente da especificidade do ser humano que utilizará aquele espaço, edifício, ambiente ou mobiliário.

A cidade clama para um caminho ao qual todos sejam protagonistas das suas vidas e que tenham o seu direito de ir e vir respeitado. Sendo assim, a Arquitetura e o Urbanismo necessitam ir pelo caminho do desenho e das boas práticas para essa inclusão e comunhão de espaços.

Profª. Eline do Amorim Santos Corrêa
Docente do Curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Ateneu
Especialista em Infraestrutura de Transportes – Rodovias, tem MBA em Gestão de Projetos em Engenharias e Arquitetura e graduada em Arquitetura e Urbanismo

Saiba mais sobre o Curso de Arquitetura e Urbanismo da UniAteneu.

[1] https://www.archdaily.com.br/br/992875/o-que-e-desenhouniversal#:~:text=O%20Desenho%20Universal%20%C3%A9%20um,sem%20a%20necessidade%20
de%20adapta%C3%A7%C3%B5es.
[2] https://guiaderodas.com/desenho-universal/.