A importância do tratamento fisioterapêutico para idosos com osteoartrite

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O aumento da população idosa mundial resulta na necessidade de atualização dos profissionais de saúde e em intervenções voltadas para a otimização da capacidade funcional e promoção de um envelhecimento saudável. A osteoartrite é uma doença que afeta as articulações da maioria das pessoas acima de 50 anos de idade, na qual ocorre uma progressiva degeneração da cartilagem articular, que reveste as estruturas ósseas e o osso subcondral. No entanto, é uma doença que não causa comprometimento sistêmico e acomete, com maior frequência, as articulações que sustentam maior peso do corpo, como os joelhos.

Há pouco tempo atrás, na comunidade médica, esta  doença vinha sendo chamada de artrose ou osteoartrose.  Atualmente, o nome técnico para essa doença, segundo a sociedade de Reumatologia e padronizado mundialmente, é osteoartrite e uma das razões disso é o fato de não ser uma doença causada apenas pelo envelhecimento, apesar deste ser o motivo principal. Ainda não existe uma cura para a osteoartrite, mas existe tratamento, cujo objetivo é aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.

Essas formas de tratamento incluem desde o convencional (medicamentoso e/ou cirurgias) e o não medicamentoso, como, por exemplo, a Fisioterapia. O tratamento medicamentoso se dá através do uso de condroprotetores, analgésicos e anti-inflamatórios, que ajudam a reduzir e aliviar os sintomas, melhorar a realização de atividades funcionais, prevenir a perda de força muscular e retardar a progressão da doença. Dentre os recursos fisioterapêuticos utilizados, destacam-se técnicas de cinesioterapia, eletroterapia, fototerapia, termoterapia e hidroterapia, as quais são adotadas como medidas de intervenção, potencializando a melhoria da mobilidade articular, da força articular e do trofismo muscular, além de otimizar a função e a qualidade de vida dos pacientes.

No idoso, em particular, o tratamento fisioterapêutico torna-se indispensável em vários aspectos, principalmente, no que diz respeito à diminuição ou à prevenção de limitações físicas. Os exercícios terapêuticos (cinesioterapia) são empregados com a finalidade  de realizar uma melhora funcional do paciente, já que busca atingir maior flexibilidade, equilíbrio, força e otimização da propriocepção. Quando associado à terapia manual, no caso, a técnica de Pompage, além de todos os benefícios, pode ser gerada uma melhora da lubrificação articular das estruturas envolvidas.

Outra modalidade de terapia manual são as mobilizações ativas e passivas para ganho de amplitude de movimento. Com relação aos recursos eletrotermofototerapêuticos, destacam-se o ultrassom terapêutico, pelo fato de promover reparação tecidual, uma vez que possui efeitos térmicos e mecânicos, além da possibilidade de uso com associação de fármacos (fonoforese). O laser vem sendo usado na redução da dor e diminuição do quadro inflamatório. Quando associado a exercícios terapêuticos, os resultados são benéficos, ocorrendo uma diminuição da sensação dolorosa, ganho de equilíbrio, força muscular e qualidade de vida.

Os recursos eletroterapêuticos tens e ondas de choque apresentam efeitos positivos no aspecto de redução de dor. O fato é que a reabilitação de pacientes idosos costuma ser um grande desafio, visto que, muitas vezes, há uma série de patologias coexistindo ao mesmo tempo, que podem implicar em um prognóstico mais complicado. Dessa forma, antes de escolher a melhor técnica de tratamento, é indispensável a realização de uma avaliação minuciosa, que englobe todos os fatores relacionados ao envelhecimento.

Prof. Dr. Edfranck de Sousa Oliveira Vanderlei

Docente do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário Ateneu

Doutor e mestre em Bioquímica e graduado em Fisioterapia

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