Estamos vivendo uma nova era onde a prática do treinamento personalizado vem sofrendo um enorme aumento nos últimos anos. Com isso, existe uma maior ênfase no treinamento baseado em evidências práticas, servindo como guia para as decisões que são tomadas de acordo com os objetivos.
É verdade que ainda nos deparamos com programas de treinamentos aleatórios e não periodizados, os quais resultam algum resultado, mas sem a organização de tempo de resposta, nem que tipo de consequências poderão ser acarretadas pela falta de programação.
Em diversos estudos, têm-se demonstrado que o treinamento programado e periodizado apresenta um resultado mais consistente e duradouro do que o não periodizado, por isso faz-se necessário que o profissional de Educação Física busque constante conhecimento nesta área para que os objetivos se cumpram sem oferecerem alto risco de danos às estruturas treinadas e o resultado possa ser alcançado de forma satisfatória e da maneira mais saudável possível.
Porque, embora muitos acreditem que para maiores ganhos estruturais ou de performance seja necessário um extremo sofrimento baseado na frase “no pain no gain” (sem dor não há ganho), a ciência hoje tem demonstrado outras possibilidades de obtenção de resultados sem machucar de forma severa os diversos sistemas do corpo, desde que o planejamento dos exercícios seja bem elaborado e, consequentemente, bem dividido.
Segundo Charles Lopes (2018), qualquer treino pode ser dividido em diferentes partes específicas que, quando forem associadas caracterizam sua estrutura geral. O autor ainda afirma que, didaticamente, pode-se dividir a montagem de um treino nas seguintes partes: (1) classificação do aluno ou das suas necessidades – experiências e avaliações; (2) escolha dos exercícios – efeito na adaptação e volume muscular; (3) divisão semanal de treino – de acordo com a disponibilidade do aluno e necessidades específicas; (4) estratégia de montagem – diversas possibilidades de acordo com os objetivos e fases do treino; e (5) sistema/método de treino – diferentes formas de treinamento de acordo com o nível do aluno.
Sendo assim, essas variáveis, combinadas à modulação da carga e periodização, fornecem infinitas possibilidades de programas individualizados e de resultados eficientes. São essas possibilidades que devem ser ponderadas pelo treinador/professor personalizado. Mas isto só é possível através do investimento no conhecimento.
Prof. Adenilson Pereira Escóssio
Docente do Curso de Educação Física do Centro Universitário Ateneu
Mestrando em Motricidade Humana, especializando em Fisiologia Humana e em Treinamento Funcional, especialista em Fisiologia do Exercício e graduado em Educação Física
Saiba mais sobre o Curso de Educação Física da UniAteneu.