Uso da saliva como ferramenta de diagnóstico

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A saliva é um fluido biológico produzido nas glândulas salivares, parótidas, submandibulares e sublinguais. Esse fluido apresenta diversas funções, que vão desde o auxílio na digestão alimentar até a proteção imunológica do organismo, podendo agir tanto de forma sistêmica como localmente.

Dentre as substâncias orgânicas presentes na saliva, citam-se as glicoproteínas, as enzimas digestivas, a glicose e a ureia. Assim, são encontrados restos alimentares, microrganismos, produtos do metabolismo bacteriano, células que descamam do epitélio oral, muco da cavidade nasal e da faringe, além de exsudato dos sulcos gengivais.

Este fluido atua como barreira na restauração da integridade, hidratação e lubrificação da boca. Além disso, é rica em anticorpos com função de proteção efetuada pelo sistema imune. Uma das respostas do sistema imune é a produção de imunoglobulinas, moléculas bifuncionais, com função de bloquear grande parte dos microrganismos presentes nesse fluido.

Os estudos com a saliva têm sido realizados para detectar biomarcadores que podem diagnosticar doenças sistêmicas não só na cavidade oral, mas no corpo inteiro. A saliva tem várias vantagens ao serem analisadas, como sua coleta rápida e pouco invasiva para o paciente, pois a maioria dos métodos para o diagnóstico de doenças na cavidade oral usa a técnica de biópsia que se torna invasiva para o paciente e tem seu procedimento prolongado.

Além disso, a composição química da saliva desempenha um papel fundamental na ocorrência e progressão da cárie dentária, sendo considerada um importante biomarcador para diagnóstico e detecção da cárie.

Profª. Drª. Nila Maria Bezerril Fontenele
Docente do Curso de Odontologia do Centro Universitário Ateneu
Doutora em Bioquímica, mestra em Engenharia Civil (Recursos Hídricos) e graduada em Ciências Biológicas.

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