Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Vós sois o sal da terra. Vós sois a luz do mundo” (Mt 5: 13-16). Atenta ao Evangelho, comecei a fazer uma reflexão com a vida real, uma analogia com o mundo corporativo, esse no qual tenho mais intimidade, sempre observando comportamentos, gestão e desenvolvimento de pessoas. As palavras naquele domingo foram um insight, uma oportunidade para repensar valores e atitudes, combinados com a minha visão particular da importância de manter o equilíbrio em tudo o que fazemos, desde o amor, em todos os âmbitos da vida cotidiana, como a família, os amigos, filhos até as relações laborais.
No trabalho, eu vejo profissionais sacrificando o convívio com os seus familiares, o lazer, camuflando frustrações, criando mecanismos de defesa mais aceitos para a sociedade a fim de se manter exacerbadamente produtivo e, consequentemente, acumular elogios, posição social e reconhecimento financeiro dentro da empresa a qual trabalham. O sal, como todos nós sabemos, realça o sabor dos alimentos. Porém, é preciso atentar para a quantidade ideal a ser utilizada, de forma a não salgar ou deixar insosso a comida. Aqui eu indago a você leitor: quanto sal devemos colocar nas suas relações, tendo em vista não nos tornarmos desagradáveis, prejudiciais à saúde ou mesmo, maçante, tedioso e monótono.
A busca do equilíbrio é, portanto, essencial para as nossas relações, sejam elas quais forem. Porém, encontrar este limiar não é nada fácil, requer resiliência, empatia, dedicação e respeito, para não sermos invasivos e ainda estar atentos às limitações de cada um. É incrível como pessoas brilhantes precisão apenas de um “empurrãozinho” para atingir o seu potencial, a coragem para atingir a superação da timidez, inibição e o medo dos julgamentos alheios. Enquanto líderes, amigos, pais, como estamos contribuindo para desenvolver pessoas?
Muitas vezes, é necessário ofuscar-se para deixar o outro brilhar! Estamos preparados para isso? E a nossa vaidade? O medo de perdermos a nossa posição social? Desta forma, algumas competências são necessárias, como a simplicidade, humildade, autoconfiança, estabelecer uma relação de confiança, ser inspiração, estímulo e incentivo para os que nos rodeiam, influenciando as atitudes das pessoas, como também, refletindo no próprio comportamento enquanto referência, mentor, provocador de mudanças e consequentemente impulsionando o sucesso pessoal e realização de grandes conquistas.
Que sejamos luz na vida das pessoas!
Profª. Drª. Cibelli de Sá Pinheiro Nobre
Docente do Curso de Gestão de Recursos Humanos do Centro Universitário Ateneu
Doutora em Ciências Sociais, mestra em Antropologia de Iberoamérica e em Economia, especialista em Gerência de Marketing e graduada em Administração de Empresas
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