Prezado leitor, o presente artigo visa examinar as situações do uso do tempo e impacto das novas tecnologias no desempenho escolar. A pandemia que afetou diretamente e, sem precedentes, as instituições de ensino, afastou os estudantes por quase dois anos das escolas de forma presencial a fim de atender às orientações sanitárias em função da Covid-19. O tema do artigo versa sobre o ensino presencial, e também sobre o retorno às aulas após a pandemia do coronavírus, o qual será um desafio para os professores e alunos.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco, 2020), no início de maio de 2020, 186 países ou regiões fecharam escolas, total ou parcialmente, para conter a disseminação da Covid-19, atingindo cerca de 70% dos alunos. Durante este período, uma das formas mais utilizadas para dar sequência à educação no Brasil foi o ensino remoto. Os procedimentos inicialmente foram lentos na implantação do ensino remoto e uso de plataformas digitais. Apesar da aquisição de novos equipamentos para uso em laboratórios de Tecnologia da Informação e Comunicação (TICs), muitos docentes e alunos ainda não haviam utilizado os equipamentos e tinha pouca habilidade no manuseio dessas ferramentas.
Esse fechamento afetou o calendário escolar, sendo incerto o seu impacto sobre o aprendizado dos alunos. Diferenças no rigor da quarentena, na sua duração e nas estratégias adotadas pelas famílias e instituições de ensino são apenas alguns dos fatores que poderão influenciar a trajetória desses discentes. Os fatores e as estratégias de ensino que possuem efeitos robustos e bem documentados na literatura dependem basicamente da qualidade do professor. Um dos indicadores é a clareza, isto é, a capacidade do professor de comunicar-se bem e passar o conteúdo de forma organizada. Isso tem sido estudado sob diversos tópicos, classificados por John Hattie como teacher clarity (TITSWORTH et al., 2015).
Diante do contexto educacional do país, as saídas mais solidamente fundamentadas na literatura incluem, em primeiro lugar, um diagnóstico dos alunos como base para a retomada dos programas de ensino presencial. Finalmente, com base nos dados do National Forum on Education Statistics (AR 2009), cabe lembrar a importância de investir na frequência escolar, especialmente, dos alunos de maior risco, pois trata-se de estratégia de custo zero e fortemente associada à deserção escolar.
Prof. Me. Geraldo Sinval da Silva
Docente do Curso de Ciências Contábeis do Centro Universitário Ateneu
Mestre em Administração de Empresas, especialista em Gestão Integrada em Marketing e Logística e graduado em Administração
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