Ortodontia tecnológica. Fim da era dos braquetes?

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Muito se fala a respeito da evolução dos materiais, técnicas e tratamentos. Mas, será que faz sentido e estamos, realmente, numa total mudança? Devemos nos preocupar? Em várias áreas observamos a “substituição” do profissional pelo software, principalmente no que diz respeito às ciências exatas. Quando nos voltamos para a área da saúde, muito tem-se tentado com a finalidade de melhorar, agilizar resultados e facilitar a vida do profissional.

É visível e totalmente aplicável, o desenvolvimento de apps que permitam o paciente colocar sinais e sintomas e obter um provável diagnóstico e orientações sobre os cuidados que podem ser tomados, assim como um encaminhamento para um profissional especialista que poderá juntar as informações obtidas e planejar um tratamento mais individualizado. Então, mesmo vendo por este lado da facilidade, percebemos que a participação do “homem” acaba sendo de extrema necessidade, nem que seja para desenvolver o tal app.

No nosso caso, por trabalharmos em uma área muito prática, que exige muito trabalho manual, destreza e habilidade, não vejo, até hoje, uma ameaça às nossas especialidades. Na ortodontia, especialmente, vemos uma explosão de tratamentos virtuais, alinhadores de várias marcas, materiais e modelos, prometendo resultados milagrosos e sem dor ou qualquer tipo de “sofrimento”. Agora, na vida real, não é bem isso que observamos. Apesar de escanear dentes e tecidos moles, ser montado um planejamento com simulação de resultado, no software não é possível simular as respostas individuais de cada organismo.

Cada dia mais, com o advento de novas marcas de alinhadores e a busca maior por estes tratamentos, constatamos que em vários casos os resultados não são os almejados pelos profissionais e menos ainda pelos pacientes, levando àqueles a realizar substituições e/ou adaptações de técnicas. Com base no citado e nos relatos de colegas, estamos longe de sermos substituídos por softwares ou outras inovações. Toda a tecnologia deve ser usada como meio para facilitar e melhorar, agilizar resultados, mas sempre será necessário a participação da mente e habilidade humanas para finalizar e refinar os tratamentos.

Prof. Me. Carlos Bezerra de Menezes
Docente do Curso de Odontologia do Centro Universitário Ateneu
Mestre em Ciências da Saúde, especialista em Ortodontia e graduado em Odontologia

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