É fato conteste que o aumento da temperatura, principalmente, em áreas urbanas faz emergir ilhas de calor, fruto da inexistência de áreas verdes, do incremento do concreto via construções diversas, deixando ao limbo o plantio saudável das árvores. Uma das últimas pesquisas sobre essa temática, conduzida pela prestigiada Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, aponta que o nosso país detém o triste primeiro lugar no que tange aos índices de desmatamento global, no período compreendido entre 1982 e 2016, confirmadas através de fotos de satélites, de onde os pesquisadores estampam completa matéria na renomada revista Nature.
É interessante salientar também que estudos revelados pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos relatam que uma área sombreada pode ser até sete graus mais fresca diante daquelas com exposição constante ao sol. É notório o fato de que uma árvore fornece de imediato a sombra ao seu redor. E quando a realidade nos trás à tona, de que Brasil perdeu 399 mil quilômetros quadrados de superfície arborizada nos últimos 34 anos, o que representa mais do que a perda da Rússia, Canadá, Paraguai e Argentina juntos, fica claro o prejuízo que temos de encarar. É mister salientar que essa tendência brasileira de desmatamento não se repete no mundo: ao longo do mesmo período da pesquisa (1982/2016), as áreas cobertas por árvores cresceram 7,1% no planeta.
Com mais de 2,24 milhões de quilômetros de superfície arborizada, o equivalente aos estados americanos do Texas e Alasca juntos, o mundo passou a ter 33 milhões de área, com vegetação arbórea durante o período. Plantando árvores, deságua numa diminuição do calor, gerando como consequência dentre tantas, a economicidade gerada através da refrigeração de ambientes, mitigando a reboque, os gases do efeito estufa na atmosfera. Quando plantamos uma árvore, podemos ter a certeza de que haverá um processo de evapotranspiração. A árvore transpirará no seu tempo certo, recriando a flora e a fauna ao seu redor, e sobretudo, num processo constante que refresca o ambiente que ela orbita.
Um ponto de igual relevância gerado a partir do plantio e/ou conservação das árvores trata-se do seu poder de limpar os poluentes atmosféricos, absorvendo óxido e dióxido de nitrogênio, dióxido sulfúrico e outros poluentes que elevam a temperatura local. No contraponto deste, estas árvores exalam oxigênio, gás totalmente necessário para a existência humana, bem como purificam o precioso líquido dessa vida – a água. No solo, agem envolvendo-o, funcionando como um filtro natural e retentor de águas.
Dessa feita, podemos concluir que quanto mais árvores presentes nas cidades, melhor será o escoamento desta durante as grandes chuvas torrenciais, evitando deslizamento de terras e equacionando o ecossistema. Profissionais dessa cadeia, como arquitetos, urbanistas e engenheiros têm influência direta nessa sustentação saudável ambiental das cidades. Então, façamos nossa parte com o planeta, plantemos uma árvore e com certeza ela nos acolherá na sua sombra e melhorará nossa condição de vida! Eu vou plantar, e você?
Prof. José Célio Fialho
Docente do Curso de Engenharia de Produção do Centro Universitário Ateneu
Mestrando em Tecnologias Emergentes em Educação e em Ciências Econômicas, especialista em Logística e Comércio Exterior e em Educação a Distância e graduado em Ciências Econômicas.
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