Quando formei em Fisioterapia em dezembro de 2005, pensei que seria “só” entregar uns três currículos e pronto, estaria empregada. Ingenuidade minha. Me deparei com a situação em que se eu quisesse trabalhar em hospital e UTI, precisaria de uma pós-graduação na área ou alguém que pudesse me dar uma oportunidade. Foi assim que aconteceu durante todos estes anos.

Foram oportunidades criadas ou “agarradas” por mim. Sim, precisamos enxergar oportunidades em qualquer situação, mas antes disto precisamos de um propósito, pois sem saber aonde quer chegar, qualquer lugar pode ser um bom lugar até que nada fizer sentido. Portanto, eu lhes digo que o primeiro pensamento deve ser: o que eu quero na minha profissão?, seguido de: como vou atingir este objetivo?; e a única frase que você nunca pode esquecer é: serei o fisioterapeuta que eu gostaria de ser.

Siga estudando, aproveitando toda informação confiável e criando suas oportunidades honestamente e se eu pudesse deixar alguns conselhos, seriam: aprenda a pesquisar e fazer artigos científicos, busque pelos melhores profissionais na área que quer seguir e faça cursos oferecidos por eles, estude para ser aprovado em uma residência, faça um curso de mestrado e se puder, siga para o doutorado, entre um e outro estude muito, busque por concursos públicos, atenda pacientes com respeito, seja obediente à nossa legislação do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito), tenha ética, estude mais, estude sempre. Faça isso pelos seus pacientes, pois eles merecem e seu retorno será duplicado.

Por fim, e não menos importante, cito a frase que ouvi de uma personalidade: “Vou estudar até meus dentes caírem, e mesmo depois deles caírem, vou continuar estudando porque o conhecimento não é finito e sempre terei o que aprender”.

Profª. Drª. Bárbara Martins Soares Cruz

Doutora e mestre em Oncologia, especialista em Fisioterapia Cardiorrespiratória e em Fisioterapia em Terapia Intensiva e é fisioterapeuta

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