Qual é o seu perfil financeiro?

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Prezado leitor, você conhece o seu perfil financeiro? Pois, bem, existem basicamente três. São eles: I) Endividado; II) Poupador; e III) Investidor. Este texto tem o intuito de oferecer ao leitor a possibilidade de uma reflexão sobre identificar qual o seu predicado financeiro. Um indivíduo endividado ou devedor é passivo de muitos efeitos deletérios, pois, cria problemas nas esferas profissional e pessoal, porque um homem ou uma mulher endividada é refém de muitas angústias. A desmotivação, queda na produtividade, insegurança, estresse, sentimento de culpa e baixa autoestima, são consequências bastante recorrentes.

Uma pessoa física endividada tem uma característica peculiar – não possui controle sobre os seus rendimentos e gastos. Quando o salário termina antes do final do mês, é necessária uma séria reflexão! É indispensável atacar as causas do problema! O primeiro inimigo a ser combatido é o consumismo, porque ele é sedutor. O Marketing convincente das grandes empresas invade nossas mentes. Para fugir de armadilhas, faça sempre essas três perguntas: Eu preciso disso? Eu posso pagar? Quanto eu tenho de dinheiro na carteira ou no banco? Dependendo da racionalidade de suas respostas, muitos problemas podem ser evitados.

A expansão do crédito criou um segundo inimigo, o dinheiro de plástico ou cartão de crédito. Há muitas bandeiras de cartão de crédito. Muitas facilidades são propagadas. Fiquem atentos meus caros leitores, porque os juros do cartão de crédito aqui no Brasil são exorbitantes! E, para piorar, muitos consumidores, principalmente, os brasileiros criaram o vício de parcelar quase tudo que consomem. Vocês sabem as consequências de adquirirmos uma dezena de cartões de crédito? Primeiramente: noites de insônia. Depois, pagamento de juros altos, telefonemas de cobrança o dia inteiro e escores baixos no Serasa são outras constrangedoras consequências.

Por fim, um endividado por não ter um planejamento financeiro, não consegue ter poupança, e pode ser vítima de despesas inesperadas (principalmente, no final de mês) como: enfermidades pessoais ou da família, conserto do meio de transporte (carro, moto e bicicleta), e o temido desemprego que pode contribuir em muito para que a “bola de neve” das dívidas continuem aumentando. O desemprego leva ao desespero, que pode levar a outras armadilhas, como dinheiro perigoso de agiotas e financeiras que prometem facilidades que acobertam juros altíssimos.

Vamos para o segundo perfil financeiro: os poupadores. Um poupador tem visão de futuro e se previne contra fatos inesperados! Para não ficar sem dinheiro, é bastante rigoroso com suas receitas e gastos. Coitados! A sociedade em linhas gerais denomina injustamente esses indivíduos de: pão-duro, sovinas, avarentos, mão de vaca, etc. Parece engraçado, mas não é! Essas pessoas sempre tem algum dinheiro guardado na poupança, e, é claro só irá gastá-lo em situações inesperadas. Entretanto, os poupadores em geral jamais irão adquirir a tão sonhada independência financeira se não partirem para o passo seguinte. Precisam investir! Memorizem este pensamento meus caros leitores: “Todo investidor é um poupador, mas nem todo poupador é um investidor”.

E, por fim, vamos para o terceiro perfil financeiro: o investidor. Um indivíduo investidor é racional sobre a sua renda e gastos. Não é consumista e consome aquilo que realmente necessita. Possui um ótimo planejamento financeiro. Aplica seu dinheiro no mercado financeiro para que sua renda cresça preferencialmente de uma forma exponencial ou pelo menos para compensar as perdas da inflação. Ao contrário de um (a) poupador (a), os indivíduos investidores conseguem a tão sonhada independência financeira e alcançam em um médio e longo prazo a realização de seus sonhos de consumo ou até de uma aposentadoria mais tranquila.

Para começar a ser um investidor, é indispensável, meu caro leitor, começar a poupar uma parte do seu salário que não faça falta para o pagamento de suas despesas do dia a dia. Comece em um primeiro momento pela poupança, porque embora tenha uma rentabilidade baixa, permite uma flexibilidade para um saque em uma situação de emergência. Mas, não se acomode! Há também outras opções, como por exemplo: os títulos do tesouro direto, títulos de capitalização, CDB, RDB, etc. E, depois em uma perspectiva de longo prazo, até mesmo buscar rentabilidade nas ações na Bolsa de Valores. Afinal de contas, faça o dinheiro trabalhar para você e não ao contrário!

Prof. Me. Geraldo Sinval da Silva
Docente do Curso de Administração do Centro Universitário Ateneu
Mestre em Administração de Empresas, especialista em Gestão Integrada em Marketing e Logística e é graduado em Administração de Empresas

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