Produção científica na graduação: elemento de consolidação dos saberes formacionais

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O ingresso no ensino superior é uma conquista sonhada, almejada e concretizada por uma parcela cada vez maior da população, que identifica, nesse grau formativo, a possibilidade de adquirir conhecimentos e experiências que viabilizem palpáveis melhorias cotidianas, ao propiciar, por exemplo, oportunidades ímpares no que tange a inserção e permanência em funções especializadas e bem remuneradas no mercado de trabalho.

Contudo, para além da intencionalidade de se tornar um profissional gabaritado e capaz de competir por bons cargos e funções laborais, a graduação proporciona, ao sujeito em formação, o aproximar-se de saberes que são centralmente promotores de um novo prisma acerca do entendimento dos fenômenos cotidianos e peculiares, conteúdos esses que podem ser delimitados como pertencentes a um arcabouço técnico-científico.

Ao estabelecer como finalidade primeira o desvendar de elementos entendidos como produzidos por meio de perspectivas empíricas – relativas aos conhecimentos de escopo vivencial, que se consolidam por meio da prática e que indicam manifestações situacionais visíveis –, os saberes advindos de um viés científico concretizam, a fim de evidenciar compreensões variadas sobre determinado objeto de estudo, percursos metodológicos complexos, sob os quais se é possível desvendar fatos e percepções interligadas a campos, circunstâncias, comunidades e sujeitos múltiplos, de acordo com a definição de abordagens, objetivos e procedimentos diversos.

Face ao exposto, se faz imprescindível correlacionar a pertinência e funcionalidade dos conteúdos metodológicos e científicos a formação em nível superior, haja vista que, por meio das produções alicerçadas na supracitada esfera – materializadas na forma de monografias, Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs), artigos, dentre outros –, se possibilita a vinculação entre vivências pregressas ao início da graduação – ou até mesmo, das situações experienciadas em seu pós-início – e as aprendizagens construídas e fomentadas na referida fase formacional, ação fundamental em virtude de sua natureza propositiva de renovação, reavaliação e, consequentemente, reestruturação de paradigmas circunscritos nas várias áreas do saber, de acordo com suas particularidades.

Apesar da relevância traçada, ainda se verifica certa resistência de graduandos e graduandas em produzir ciência durante seu decurso formativo-preparatório – muito provavelmente em decorrência da falta de familiaridade com as técnicas experimentais, bem como por conta da rigidez metódica inerente a esses constructos. Outrossim, em uma conjuntura na qual se propaga o acúmulo exacerbado de funções, dispor de tempo e condições de produzir ciência apresenta-se como mérito alcançado por poucos – realidade na qual um expressivo quantitativo de estudantes do ensino superior se encontra –, além das dificuldades que permeiam o fazer pesquisa, emergentes mediante limitações que se interrelacionam a aspectos teóricos e práticos, expressos como distanciados dos contextos reais.

Isto posto, em razão da pertinência da temática que aqui se expõe, formar pesquisadores atuantes e comprometidos com a construção de conhecimentos elucidadores de discussões hodiernamente em foco deve se denotar como premissa basilar, no âmbito da graduação, na objetividade de se consolidar aprendizados que perpassam a profissionalização.

Profª. Ma. Ana Patrícia Freires Caetano
Docente do Curso de Educação Física do Centro Universitário Ateneu
Mestra em Educação, especialista em Atividades Aquáticas e graduada em Educação Física

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