A gestão no ensino superior no Brasil enfrenta diversos desafios que podem afetar a qualidade, eficiência e equidade do sistema educacional. Mais recentemente, um dos desafios amplamente debatido é a Inteligência Artificial (IA) e qual o seu impacto no formato atual de aprendizagem. Assim, resolvi utilizar-me da citada Inteligência Artificial e perguntar ao ChatGPT sobre os desafios na gestão do ensino superior, onde este respondera que alguns dos principais desafios incluem: a) financiamento insuficiente, b) desigualdade de acesso, c) qualidade da educação, d) formação e valorização docente, e) pesquisa limitada; f) infraestrutura deficiente, g) internacionalização dentre outros.
Contudo, eu gostaria de dar ênfase a outras três citações do mesmo respondente, a saber:
– Avaliação e regulação: A falta de um sistema de avaliação rigoroso pode dificultar o monitoramento da qualidade das instituições e dos cursos. Uma regulação ineficiente pode permitir a proliferação de cursos de baixa qualidade.
– Comentário: As instituições de ensino superior (IES) recebem semestralmente novos alunos oriundos de escolas públicas e privadas. Em sua maioria, estes alunos não têm a menor ideia do que estará por vir no então curso superior. Logo, esses alunos não conhecem as regras do Ministério da Educação (MEC), a fim de que possam avaliar se as instituições que lhe ofereçam opções de curso superior, estão ou não atuando de acordo com o requerido pelo MEC. Por fim, acompanhando o sistema educacional, e debatendo com colegas em diversas instituições de Ensino superior, temos a impressão de que o sistema de avaliação da qualidade dos cursos superiores no Brasil está absolutamente falho.
– Desconexão com o mercado de trabalho: Em muitos casos, existe uma desconexão entre os currículos acadêmicos e as demandas do mercado de trabalho, o que pode dificultar a inserção dos graduados no mercado.
– Comentário: Em respeito à conexão do curso superior com o seu respectivo mercado de trabalho, como sabemos, é objeto de estudos e ações por parte dos conselhos federais e regionais das respectivas profissões regulamentadas. Por outro lado, a meu ver, as instituições de ensino superior deveriam ter este indicador como um dos principais objetivos do seu negócio, seja para obter uma maior geração de valor, ou mesmo atender ao nobre propósito educacional para as gerações futuras.
– Gestão eficiente: Muitas vezes, a gestão das instituições de ensino superior pode ser prejudicada pela falta de transparência, liderança inadequada e tomada de decisões não baseada em dados, propósito e objetivos claros.
– Comentário: Propriamente em função de todo o visto até aqui, são muitos os desafios na gestão de uma IES. Então, necessário se faz a adoção um método efetivo, a fim de obter os melhores resultados possíveis na gestão. O que vemos muitas vezes são as IES promovendo ações que nem sempre estão alinhadas ao melhor para o ensino e desenvolvimento dos jovens alunos, e sim, reduzindo custos para tentar sobreviver a um mercado cada vez mais incerto.
Por fim, enfrentar esses desafios requer uma abordagem multifacetada que envolve investimentos adequados, políticas públicas eficazes, parcerias entre instituições, valorização dos profissionais da educação e esforços contínuos para melhorar a qualidade e a relevância da educação superior no Brasil.
Prof. Me. Álvaro Pereira da Costa
Docente do Curso de Ciências Contábeis do Centro Universitário Ateneu
Mestre em Administração, especializando em Docência em Ensino Superior, especialista em Gestão Empresarial e em Executivo de Finanças e graduado em Ciências Contábeis
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