O valor da atuação da Enfermagem na assistência ao pré-natal na ESF

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O pré-natal é um instrumento indispensável para que a gravidez ocorra de maneira segura, visto que é uma assistência qualificada que coopera de modo ativo na redução da taxa de mortalidade materna. O pré-natal é um período de grande aprendizagem tanto para a gestante quanto para a família, pois durante as consultas e as reuniões em grupo é possível a troca de experiências entre as gestantes, família e equipe de profissionais de saúde. Nesse momento, grande parte das dúvidas são elucidadas, medos são minimizados e a confiança é fortalecida.

Dentre os profissionais que compõem a equipe multiprofissional para o atendimento, o profissional enfermeiro é o responsável por realizar ações educativas para a gestante e sua família, acompanhar gestação de baixo risco, salientar exames de rotina e orientar tratamento de acordo com o protocolo da instituição, além de coletar exame histopatológico. Por meio da Lei n. 7.498/86, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre a regulamentação do exercício da enfermagem, e dá outras providências, o profissional de Enfermagem tem amparo legal para acompanhar o pré-natal de forma integral das gestantes de baixo risco, possuindo habilidades e competência para atuar na promoção a saúde, prevenção, autocuidado e no acolhimento da gestante.

A atuação da Enfermagem através das estratégias de promoção de saúde na atenção básica, como busca ativa, educação em saúde e assistência humanizada tem melhorado, significativamente, a adesão das mulheres ao pré-natal e ao autocuidado em seu processo de gestação, consequentemente diminuindo os riscos de agravos para mãe e filho, contribuindo para uma gestação tranquila e sem intercorrências.

As ações educativas devem ser priorizadas, visando a estimulação do autocuidado pela mãe, auxiliando no reconhecimento de quaisquer sinais de atenção durante a gestação. As ações de Enfermagem voltadas para a segurança da mãe e do bebê são necessárias durante as consultas de Enfermagem no pré-natal, para que diversas patologias e intercorrências sejam evitadas ao longo da gestação, parto e pós-parto.

É possível afirmar que o enfermeiro possui autonomia no cenário nacional para desenvolver cuidados específicos às mães que chegam nas unidades básicas de saúde, utilizando toda a sua sabedoria teórica e prática para lidar com elas de forma individual e coletiva, inserindo as mesmas como protagonistas de seus cuidados para que a preparação do parto ocorra dentro das normalidades, fazendo com que a mulher se sinta apoiada em todos os momentos. Desde o primeiro encontro, o profissional deve estar ciente de suas tomadas de decisões que podem impactar, de modo positivo, nesta gestação, investigando todo o histórico da mãe para que qualquer situação que tenha um potencial negativo não possa se estabelecer prejudicando o binômio mãe-filho.

O enfermeiro que atua no acompanhamento do pré-natal de baixo risco deve prestar um atendimento acolhedor por meio da consulta de Enfermagem, onde constata todas as informações gestacionais. Caso verifique que a gestante possui algum agravo, doença ou situação que cause risco, ela é encaminhada para atendimento médico especializado.

Dessa forma, torna-se imprescindível a atuação do enfermeiro em um período tão delicado e importante para uma mulher e todos os outros que a cercam, destacando o quanto uma assistência adequada durante o período gestacional reduz riscos e garante menores taxas de morbimortalidade materno fetal. Torna-se imprescindível, ainda, que o enfermeiro priorize a construção do laço enfermeiro-paciente, para facilitar o exercício da educação em saúde, o olhar humanístico junto as gestantes e a promoção do autocuidado ao binômio ou trinômio.

Profª. Ana Keyla Vasconcelos
Docente do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Ateneu
Especialista em Processo de Gestão em Atenção à Saúde, em Auditoria em Serviços de Saúde Pública e Privada e em Saúde pública: ênfase em saúde da família e graduada em Enfermagem.

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