O texto literário na formação de estudantes com deficiência

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Conforme o levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizado em 2019 em parceria com o Ministério da Saúde por meio da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), 8,4% da população brasileira acima de dois anos tem algum tipo de deficiência, representando 17,3 milhões de pessoas. Ainda de acordo com dados da mesma pesquisa, aproximadamente 68% da população com deficiência não tem instrução ou possui o Ensino Fundamental incompleto.

Evidencia-se a necessidade de garantir o direito das pessoas com deficiência (PCDs) à educação, proporcionando condições de igualdade, eliminando barreiras e garantindo a inclusão social. Nesse contexto, destacamos o papel fundamental do ensino de literatura na formação de cidadãos atuantes e conscientes, e entendemos que o acesso ao texto literário não pode ser negligenciado.

Destarte, acredita-se que a função primordial do ensino de literatura é formar leitores, contribuindo na formação cidadã para que os mesmos tenham a possibilidade de refletir sobre suas realidades e transformar seus destinos. Desse modo, a inclusão por meio da literatura surge como uma proposta que visa romper com os processos burocráticos e formalistas, buscando caminhos para que o sistema educacional possa ser fluido, pautado por ações transformadoras envolvendo todos os seus agentes.

A prática docente exige que os professores estejam preparados para as ressignificações do sistema educacional. É importante destacar que cabe aos educadores o desafio de desenvolver metodologias e atividades que corroborem com a formação crítica, cidadã e potencialize a formação de novos leitores. Nesse sentido, é preciso estar capacitado para desenvolver ações inclusivas, incorporando os requisitos de acessibilidade, para que todos compartilhem do mesmo espaço e tenham acesso às mesmas oportunidades, com dignidade. Quando os docentes e discentes têm acesso aos recursos metodológicos adequados, o processo de ensino e aprendizagem se torna fluido e potencializador, colaborando para a formação de agentes leitores.

Diante disso, não cabe ao professor apenas a tarefa de intermediar as aulas de literatura, em sala de aula, mas também ter o comprometimento com o processo de aprendizagem do indivíduo, buscando sempre uma melhor qualidade em sua atuação, pois a oferta de oportunidade educacional acessível e inclusiva melhora não apenas o seu instrumental linguístico, mas também é algo fundamental para a evolução acadêmica e social dessas pessoas.

REFERÊNCIAS

JANONE, L, ALMEIDA, P. Brasil tem mais de 17 milhões de pessoas com deficiência, segundo IBGE. 2021. Disponível em: < https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/brasil-tem-mais-de-17-milhoes-de-pessoas-com-deficiencia-segundo-ibge/> Acesso em: 03 de janeiro de 2023.

Prof. Paulo Vitor Vilela Paiva
Docente do Curso de Educação Física do Centro Universitário Ateneu
Especialista em Literatura e Ensino e graduado em Educação Física e graduado em Letras-Libras (Licenciatura)

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