Na Odontologia moderna, a escolha dos adesivos dentários desempenha um papel crucial na eficácia e durabilidade dos procedimentos restauradores. Entre as opções disponíveis, os adesivos de um, dois e três passos são comumente utilizados, cada um com suas próprias características e considerações de custo-benefício. Nesse artigo de opinião, vamos explorar as suas diferenças priorizando o impacto financeiro que essa escolha traz a uma clínica e como eles podem impactar o sucesso clínico e dos tratamentos odontológicos.
Os adesivos de um passo são reconhecidos por sua conveniência e simplicidade de uso. Eles combinam os passos de condicionamento ácido, primer e adesivo em uma única etapa, reduzindo o tempo necessário para o procedimento e simplificando o processo para o profissional. Fato extremamente desejado, principalmente, para profissionais que desejam procedimentos objetivos e que não exijam uma destreza muito apurada, essa eficiência pode resultar em economias significativas de tempo e recursos na clínica, aumentando a produtividade e potencialmente reduzindo os custos operacionais.
Por outro lado, os adesivos de dois passos envolvem a aplicação separada do primer e do adesivo, proporcionando uma adesão mais precisa e confiável. Embora esse processo possa exigir mais etapas, o que aumenta a chance de erros, contaminações e tempo em comparação com os adesivos de um passo, ele oferece maior controle sobre a técnica de aplicação e a qualidade da ligação. Para casos onde a precisão e a longevidade da restauração são essenciais, os adesivos de dois passos podem ser uma escolha preferível, mesmo que isso implique em um custo ligeiramente maior.
Os adesivos de três passos, por sua vez, são os mais tradicionais e envolvem o uso de agentes separados para condicionamento ácido, primer e adesivo. Embora esse método possa proporcionar uma adesão excepcionalmente forte e duradoura, ele também é o mais demorado e requer mais habilidade técnica por parte do profissional. Portanto, seu custo-benefício pode ser mais desafiador de justificar em comparação com os adesivos de um ou dois passos, especialmente, em procedimentos menos complexos ou em ambientes de alta demanda.
Ao avaliar o custo-benefício dos adesivos dentários de um, dois e três passos, é essencial considerar as necessidades do paciente, as exigências do procedimento, as capacidades da clínica e a destreza do profissional. Embora os adesivos de um passo ofereçam conveniência e economia de tempo, os adesivos de dois passos podem proporcionar uma adesão mais precisa e confiável em troca de um pouco mais de tempo e investimento. Já os adesivos de três passos, embora ofereçam uma ligação excepcional, podem ser mais adequados para casos específicos que demandam o máximo desempenho adesivo.
Em última análise, a seleção do sistema adesivo adequado deve ser baseada em uma avaliação cuidadosa das necessidades do paciente, das preferências do profissional e das exigências específicas de cada caso clínico. Ao encontrar o equilíbrio certo entre eficácia clínica, conveniência e custo-benefício, os profissionais podem maximizar os resultados dos tratamentos restauradores, garantindo ao mesmo tempo uma gestão eficiente dos recursos da clínica
Prof. José Ricardo Chaves Monteiro
Docente do Curso de Odontologia do Centro Universitário Ateneu
Especialista em Ortodontia e graduado em Odontologia
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