O envelhecimento populacional é um fenômeno crescente, no contexto mundial, como no nacional e local, trazendo repercussões para o âmbito da família, onde os velhos estão permanecendo por mais tempo e desempenhando importantes funções, assim como para o campo das políticas públicas, visto que a questão da velhice passa a demandar do Estado respostas para o seu enfrentamento.
Dentro dessas iniciativas, que avançaram nas últimas décadas como fruto de lutas dos movimentos sociais, podem ser mencionadas as provenientes da Constituição Federal de 1988, da Lei Orgânica da Assistência Social, da Política Nacional do Idoso e do Estatuto do Idoso, entre outras. Essas exprimem a necessidade de viabilizar formas alternativas de participação, ocupação e convívio de velhos, como os grupos de convivência. Esses grupos, além de promoverem a ocupação do tempo livre, atividades de lazer e o combate à institucionalização, têm como um dos seus principais objetivos a promoção da sociabilidade intrageracional.
Observa-se que mesmo em meio à vida líquida, onde as relações sociais são cada vez mais frágeis e, embora a sociabilidade promovida pelos grupos de convivência seja, no primeiro momento, mediada e secundária, esses fatores não inviabilizam a experiência da sociabilidade pura nesses tais locais, visto que, para isso, também concorrem as experiências e vivências de cada um no decorrer de suas vidas.
Profª. Ma. Daniele Eduardo Rocha
Docente do Curso de Serviço Social do Centro Universitário Ateneu
Mestra em Sociologia e graduada em Serviço Social
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