Fisioterapia na Saúde Coletiva: um cuidado essencial para o bem-estar da população

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Quando pensamos em Fisioterapia, muitas vezes associamos essa área à reabilitação de lesões e ao tratamento de dores musculares em clínicas especializadas. No entanto, o papel do fisioterapeuta vai muito além disso, sendo essencial para a promoção da saúde e a prevenção de doenças na saúde coletiva. No Sistema Único de Saúde (SUS), esses profissionais atuam na atenção primária, ajudando a melhorar a qualidade de vida das pessoas e a reduzir a demanda por atendimentos hospitalares mais complexos.

A Saúde Coletiva tem como foco a prevenção e a promoção da saúde, levando em conta aspectos sociais, econômicos e ambientais que afetam diretamente o bem-estar da população. A Fisioterapia, nesse contexto, não se limita apenas ao atendimento individual, mas também participa ativamente de estratégias de intervenção coletiva, educação em saúde e ações preventivas. Um bom exemplo disso são os programas de ergonomia no ambiente de trabalho, o incentivo à prática de atividades físicas e a prevenção de doenças crônicas.

No Brasil, a Estratégia de Saúde da Família (ESF) tem se mostrado um dos principais espaços de atuação da fisioterapia na atenção primária. Trabalhando em equipe com outros profissionais de saúde, os fisioterapeutas ajudam pacientes com dor crônica, doenças respiratórias e limitações funcionais, evitando internações desnecessárias e contribuindo para a autonomia e bem-estar dos indivíduos. A presença desses profissionais nos Núcleos Ampliados de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB) tem sido um diferencial no acompanhamento contínuo dos pacientes.

Além disso, o envelhecimento da população traz desafios que exigem um olhar mais atento para a manutenção da mobilidade e da independência dos idosos. Programas específicos de fisioterapia voltados para essa faixa etária podem retardar o declínio funcional e reduzir o risco de quedas, um dos principais fatores de internação e complicações entre os mais velhos.

Apesar de sua importância, a presença da fisioterapia na Saúde Coletiva ainda enfrenta desafios. A carência de profissionais em algumas regiões, o reconhecimento ainda tímido dessa especialidade na atenção primária e a dificuldade de financiamento para programas preventivos são barreiras que precisam ser superadas.

Por isso, é fundamental que gestores, acadêmicos e profissionais de saúde reconheçam a relevância da fisioterapia na saúde coletiva e fortaleçam a sua atuação dentro do SUS. Ampliar a presença desses profissionais nos serviços públicos não apenas melhora a qualidade de vida da população, mas também contribui para um sistema de saúde mais sustentável e eficiente. A Fisioterapia na Saúde Coletiva não deve ser vista apenas como um complemento, mas sim como um pilar essencial para uma sociedade mais saudável, ativa e inclusiva.

Prof. Me. José Evaldo Gonçalves Lopes Júnior

Coordenador do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário Ateneu.

Mestre em Ciências Fisiológicas, especialista em Saúde do Idoso e graduado em Fisioterapia.

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