A universidade sempre se consolidou dentro do tripé de ensino, pesquisa e extensão. A Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação (CNE) do Ministério da Educação aprovou no dia 18 de dezembro de 2018 as Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira, e, desta forma, tornando esta atividade um componente curricular obrigatório, a partir de então, nos cursos de nível superior.
Por definição, a extensão universitária é uma forma de interação que deve existir entre a universidade e a comunidade na qual ela está inserida, traduzindo-se como uma ponte permanente entre a instituição de ensino superior e a sociedade. Os discentes dos cursos da área da Saúde, frequentemente, apresentam uma insegurança no contato com os seus primeiros pacientes, seja em atividades de visita técnica, ou mesmo em práticas de laboratório com a realização de atividades com outros discentes, ou mesmo em campos de estágio ambulatorial ou hospitalar.
No atual cenário de atuação de serviços de saúde, exige-se do profissional cada vez mais habilidades do tipo “soft skills”, caracterizadas para o além do saber técnico – científico. Soft skills são habilidades relacionadas ao comportamento, envolvendo questões mentais, emocionais e sociais. O lidar com esses indivíduos que, em tese, estão em sofrimento psíquico e/ou físico, requer do estudante um saber que deve ser trabalhado ainda no curso em andamento, e são estes: empatia, liderança, boa comunicação, organização, criatividade, gestão de tempo, proatividade, positividade, trabalho em equipe e resolução de problemas.
As atividades de extensão, então, torna-se uma oportunidade para que os centros universitários trabalhem estas e outras habilidades com os discentes. A prestação de serviços tem como objetivo ampliar o conhecimento do discente sobre temas diversos no seu contexto acadêmico de atuação profissional, estimular a troca mútua de conhecimento entre discentes e a comunidade externa, contribuir na formação cidadã e de compromisso social dos discentes, gerando soluções práticas para a comunidade, no intuito de melhora de sua qualidade de vida, especialmente, para aqueles em situação de vulnerabilidade social e econômica.
Pelo acima exposto, reflete-se sobre a importância das atividades acadêmicas de extensão, visto que o espaço universitário mostra-se um elemento ideal para esta iniciativa, integrando saberes interdisiciplinares para dentro e fora da comunidade acadêmica.
Profª. Drª. Denise Gonçalves Moura Pinheiro
Docente do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário Ateneu
Doutora em Cuidado em Saúde, mestra em Medicina Preventiva e graduada em Fisioterapia
Prof. Me. José Evaldo Lopes Júnior
Coordenador do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário Ateneu
Mestre em Ciências Fisiológicas, especialista em Saúde do Idoso e graduado em Fisioterapia
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