Para entendermos o que seja estratégia em inovação tecnológica, cabe-nos primeiramente destacar e compreender o que é estratégia, expor alguns conceitos, apresentar sua serventia e descrever sua importância, seja na vida pessoal ou organizacional. É um tema explorado nos mais diversos ambientes. Assim, a palavra estratégia é originária do grego, strategós, e significa literalmente a arte de liderar, a arte da liderança, que na Grécia antiga significava generalíssimo. Por isso, está associada a um campo de batalha, ao general planejando seus ataques.
Na nossa vida, traçamos planos para as mais diversas atividades, seja para programar as férias, para passar na faculdade, para estudar para as provas finais, para resolução de problemas em casa ou no trabalho, como utilizar de forma racional nosso salário, etc. O que queremos destacar é que para tudo que planejamos primeiro verificamos se realmente podemos ou não fazer. E quando podemos, verificamos de que maneira podemos fazer, o que usar, como, quando, por que, aonde e tudo mais que nos envolve, ou seja, traçamos os planos para atingir esse objetivo, e dessa forma, estamos criando uma estratégia! Ótimo!
Em outras palavras, com a definição correta de estratégia, uma organização estabelece a visão de seu futuro, define onde investir prioritariamente seus recursos em termos de negócios, recursos humanos, inovação, clientes e mercados e traça o caminho para alcançar os objetivos estabelecidos. Entretanto, o assunto aqui volta-se somente para estratégias em inovação tecnológica. Temos então que estabelecer as estratégias a serem usadas nessa seara, ou seja, na área de inovação tecnológica.
A introdução de um novo produto ou processo pode tornar outros obsoletos. Portanto, as empresas que quiserem sobreviver e crescer devem ser capazes de adaptar sua estratégia tecnológica a esse tipo de competição. No entanto, não necessariamente a empresa precisa fazer pesquisa ou inovar por si própria. Existem outras estratégias para isso. Para ele, existem seis tipos de estratégia, dependendo da importância de diversas funções científicas e técnicas a serem desempenhadas dentro da empresa. São elas: ofensiva, defensiva, imitativa, dependente, tradicional ou oportunista.
A ofensiva explora mais rápido e com maior agilidade do que os concorrentes as novas possibilidades e oportunidades fazendo uso de pesquisas, profissionais selecionados e preparados, sistemas de informação e a combinação destes elementos para que ao introduzir um novo produto, esteja à frente de seus concorrentes.
A defensiva é empregada por empresas que não buscam através desta serem as últimas empresas no ranking de competitividade em seu setor, mas sim aproveitar os lucros do mercado no momento dos erros de seus concorrentes ao implantarem uma inovação sujeita a falhas.
As empresas que adotam a estratégia imitativa consideram bom para si não serem os primeiros no mercado. Enquanto as empresas ofensivas gastam com patentes e as defensivas gastam com licenças, as empresas de estratégia imitativa não gastam enquanto não observarem se a mudança técnica será bem-sucedida e o que deverá ser feito para atingir este sucesso.
A dependente é utilizada por aquelas empresas justamente por dependerem das estratégias ofensivas e defensivas de sua matriz, ou do pedido de seus clientes, para montar seus produtos, pois fazem parte de uma estrutura de empresa onde ela não é parte da decisão, apenas reprodutora.
As empresas que optam por uma estratégia tradicional são aquelas que estão em um mercado de processamento lento das mudanças tecnológicas. Por este motivo, dão pouca ou nenhuma importância à pesquisa e ao desenvolvimento, realizando apenas pequenos ajustes em seu produto.
E a oportunista, que é utilizada por empresas que exploram um novo nicho de mercado onde não é necessário fazer uso de P&D, pois não há competidores, e sim a possibilidade de utilizar tecnologia adquirida de outros rapidamente.
Percebe-se que as estratégias descritas acima diferem de acordo com a estrutura, produto ou serviço, ambiente e tecnologia adotadas nas organizações. Entretanto, através da identificação da intensidade com que a organização mobiliza atividades para cada função técnica, é possível analisar qual estratégia de inovação ela adota e qual é a melhor para cada empresa.
Profª. Ma. Beatriz Alcântara Castelo
Docente do Curso de Engenharia de Produção do Centro Universitário Ateneu
Mestra em Gestão Urbana e graduada em Arquitetura e Urbanismo e em Creative Industries
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