O movimento do empreendedorismo no Brasil começou a tomar forma na década de 1990, quando entidades como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Sociedade Brasileira para Promoção e Exportação de Software (Softex) foram criadas. Antes disso, praticamente não se falava em empreendedorismo e em criação de pequenas empresas. Os ambientes político e econômico do país não eram propícios, e o empreendedor praticamente não encontrava informações para auxiliá-lo na jornada empreendedora.
Com a implantação do Plano Real, que entrou em vigor em 1º de julho de 1994, o Brasil começou a ter uma estabilidade econômica, onde tornou-se possível uma maior facilidade de planejamento. Também a credibilidade na estabilidade econômica do país possibilitou melhores condições de negócios, e por outro lado, expandiu ainda mais a concorrência pelo fato da entrada dos mercados internacionais.
Daí por diante, as entidades criadas que impulsionavam o incentivo do empreendedorismo brasileiro, como o Sebrae e Softex, ambas com a finalidade de proporcionar o desenvolvimento, promoção e fomento dos negócios iniciantes, ganharam mais força. Nesse sentido, o termo empreendedorismo pode ser compreendido como o envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, levam à transformação de ideias em oportunidades. A perfeita implementação dessas oportunidades leva à criação de negócios de sucesso.
Podemos ainda acrescentar que o empreendedorismo possui uma função bastante importante na criação e no crescimento dos negócios, bem como no crescimento e na prosperidade de nações e regiões. Esses resultados em larga escala podem ter princípios um tanto modestos, pois as ações empreendedoras começam no ponto em que uma oportunidade lucrativa encontra um indivíduo empreendedor.
Autores classificam o empreendedorismo em diversos tipos, porém, o mais abordado ainda é o por oportunidade e o por necessidade. Entretanto, não podemos deixar de citar o empreendedorismo familiar; empreendedorismo social; empreendedorismo inovador; empreendedorismo corporativo; e a franquia, também bastante utilizados nos conceitos acadêmicos.
No Brasil, com o atual cenário econômico enfrentado que está afetando toda a população, perda do grau de investimento, os altos níveis de desemprego e a crescente criação de negócios informais, tornam-se exemplos desse ambiente de incertezas. E, diante de um ambiente de incertezas e instabilidade, surge a figura do empreendedor, que apostando em sua ideia, torna-a oportunidade de negócio e faz do sonho uma realidade. E assim, o empreendedor surge como força catalisadora, pois é considerado um fenômeno social e econômico tanto em países desenvolvidos quanto subdesenvolvidos.
Ao conceituar empreendedor, não podemos esquecer e destacar Schumpeter (1982), ao destacá-lo como o agente do processo de destruição criativa, atuando na mudança da economia, melhorando a qualidade de vida de uma população e assim contribuindo no desenvolvimento econômico do país.
O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU), ao entender que o tema também é aplicado ao curso, destaca 10 dicas para que possamos empreender na área da arquitetura social, a saber: focar no mercado de reformas, investir na população considerada de baixa renda, fazer marketing local, abranger no projeto a finalização da obra, oferecer condições de parcelamento, comprar materiais diretamente dos fabricantes, qualificar mão de obra local, viabilizar metodologias de trocas de mutirões, buscar parcerias e elaborar um plano de negócios.
Profª. Ma. Beatriz Alcântara Castelo
Docente do Curso de Design de Interiores do Centro Universitário Ateneu
Mestra em Gestão Urbana e graduada em Arquitetura e Urbanismo e em Creative Industries.
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