Corpos (d)eficientes: entender para intervir

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Observamos na contemporaneidade um movimento significativo que luta no sentido da inclusão socioeducacional de pessoas com deficiência. São diversas as legislações, decretos e convenções que apontam para a concretização de uma sociedade mais humana e igualitária. A escola de qualidade e inclusiva está presente nas reflexões de ordem política e social. Contudo, mesmo com todo esse movimento de reconhecimento e valorização das pessoas com deficiência, ainda se observa casos de discriminação e preconceito.

Um dos fatores mais insistentes e claros na sociedade é o estabelecimento de padrões de normalidade. Tal padrão dificulta e deixa obscurecido o movimento pela busca de conscientização e inclusão. O olhar que não acolhe e não busca a compreensão diante da diferença ainda está presente em nosso meio. Dentre as pessoas que sofrem essa discriminação estão as pessoas com deficiência física, que por não atenderem ao “padrão corporal” estabelecido socialmente padecem os escárnios sociais.

Essas reflexões surgem com a necessidade de uma melhor formação de professores e profissionais da saúde para o tratamento adequado das pessoas com deficiência no âmbito educacional e/ou clínico. Compreender as características, causas e tipos da deficiência física é crucial para uma boa intervenção. É urgente contribuir com a formação de profissionais que farão a diferença na vida das pessoas com deficiência física, compreendendo que para além das limitações, existem potencialidades que precisam e devem ser estimuladas para a concretização da inclusão socioeducacioanal.

Sabemos que um dos principais desafios para a efetivação da inclusão está na formação dos professores e profissionais que atendem as pessoas com deficiência. O despreparo gera barreiras nos tratamentos e no processo de aprendizagem. Avanços estão acontecendo, muitas legislações já apontam nesse caminho, no entanto, precisamos contribuir com essas reflexões para continuarmos caminhando e conseguirmos alcançar de fato e de direito a inclusão socioeducacional.

Esperamos que a formação profissional seja mais um degrau no avanço das perspectivas educacionais inclusivas. Com informação, conhecimento e conscientização, conseguiremos atingir o alvo da atenção, do atendimento e da educação das pessoas com deficiência.

Prof. Me. Paulo Gabriel Lima da Rocha
Docente do Curso de Educação Física do Centro Universitário Ateneu
Doutorando em Ciências do Desporto, mestre em Ensino na Saúde, Psicopedagogia Institucional, Clínica e Educação Especial e em Psicomotricidade e graduado em Educação Física.

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