Acessibilidade em Arquitetura é um conceito muito abrangente. Quando se trata de projetar espaços acessíveis, é importante considerar todos os tipos de limitações. Para aqueles arquitetos que compreendem o valor e a importância do desenho universal, as necessidades de uma pessoa com deficiência visual não são muito diferentes das necessidades de todos nós. Estratégias inclusivas são vitais para que todos os usuários, com suas diferentes limitações, sejam capazes de compreender e se relacionar da melhor forma com o espaço. Pensando nisso, selecionamos um projeto residencial acessível como exemplo de inclusão a pessoas com deficiência visual, para analisarmos: uma casa:
Uma casa para quem não vê:
A Casa MAC, concebida pelo So & So Studio, foi projetada para uma senhora cega em Thiene, na Itália. Depois de viver mais de 50 anos em sua antiga casa, os arquitetos procuraram desenvolver um projeto de Arquitetura que facilitasse a mobilidade e a orientação espacial. Utilizando pisos táteis, os arquitetos criaram uma linguagem de referência através de um sistema de mapas integrados no piso.
Os espaços funcionais da casa foram orientados ao redor de um corredor central, favorecendo uma circulação eficiente, minimizando o efeito labiríntico no interior da casa. Para desenvolver este projeto, os arquitetos trabalharam diretamente em contato com a sua cliente para mapear seus hábitos cotidianos e os deslocamentos mais frequentes, procurando organizar os espaços de forma intuitiva, onde cada uso e atividade diária foram transformados em um ponto de referência no mapa da casa.
Prof. Me. Frederico Augusto Nunes de Macêdo Costa
Coordenador do Curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Ateneu
Doutorando em Planejamento Urbano, mestre em Geografia Urbana, especialista em Gestão Ambiental e em Geoprocessamento Aplicado à Análise Ambiental e aos Recursos Hídricos e arquiteto e urbanista
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