Análise da anatomia do segundo pré-molar superior: um desafio a ser vencido!

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Atualmente podemos afirmar que o sucesso do tratamento endodôntico está diretamente relacionado a vários fatores que se relacionam como se fossem elos de uma corrente e que, se um desses elos for rompido, o sucesso do tratamento endodôntico passa a ser diretamente afetado. Dentre esses fatores, podemos mencionar o conhecimento da anatomia interna dos grupos dentais, uma vez que, a falta de conhecimento dessas variações pode resultar em prognósticos desfavoráveis em virtude da descontaminação inadequada dos sistemas de canais radiculares.

Devido a ampla miscigenação, a população brasileira apresenta uma elevada variação dos sistemas de canais radiculares, podendo variar dependendo de sexo, idade, etnia, desenho de estudo, etc. O grupo dos pré-molares superiores são dentes que apresentam  elevada dificuldade no tratamento endodôntico, pois podem apresentar entre uma a três raízes, com muitos condutos radiculares e com diversas configurações.

O segundo pré-molar superior apresenta alta prevalência de apenas uma raiz. Entretanto, foi relatado na literatura que a grande maioria dos dentes deste grupo dentário apresentou dois condutos radiculares em uma única raiz e desembocando em ápices distintos, seguido de dentes que apresentavam configuração interna de dois condutos desembocando em apenas um único forame. A menor incidência foi de dentes que apresentavam três condutos radiculares com ápices distintos.

Além da variância na anatomia interna, é fundamental ter conhecimento que os pré-molares superiores podem sofrer bifurcações ao longo da raiz. Estas variam de acordo com o grupo étnico e, quando presentes, irão resultar em locais em que as limas terão contato limitado, influenciando no prognóstico do tratamento. Dessa forma, é de fundamental importância que o cirurgião dentista tenha conhecimento das variações anatômicas internas do segundo pré-molar superior de dentes humanos, avaliando a quantidade de canais radiculares e o formato dos condutos do terços cervical, médio e apical.

Prof. Me. Luiz Carlos Costa Madeira Alves
Docente do Curso de Odontologia do Centro Universitário Ateneu
Mestre em Odontologia, especialista em Gestão de Clínicas e Consultório e Endodontia e graduado em Odontologia

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