O sistema de impermeabilização tem a função de manter o edifício estanque, o que é uma característica muito importante para preservar as boas condições estéticas, a salubridade do meio e a segurança da estrutura. Qualquer falha nesse sistema é imediatamente percebida pelos usuários através infiltrações, manchas e eflorescências. Construtoras sofrem muitos prejuízos financeiros no pós-obra, ao entregar imóveis não totalmente estanques, as quais tem o dever de voltar e sanar os problemas provocados pela água. E o custo do retrabalho é muito mais caro.
Um bom projeto de impermeabilização é o ponto de partida para evitar futuras frustrações com problemas de infiltração, principalmente, em casos de pós-obra. O responsável técnico por esse projeto deve ter uma visão ampla e sistêmica, pois a impermeabilização pode gerar incompatibilizações com outros subsistemas da edificação, como arquitetura, estrutura e instalações prediais.
Saber escolher qual o sistema de impermeabilização empregar é vital para a estanqueidade ser bem sucedida, pois depende das condições de exposição da área que irá recebê-la e das condições da superfície do substrato. O principal ponto de apoio para o projetista em termos de normalização se encontra na NBR 9575 (Impermeabilização – Seleção e Projeto) e na NBR 9574 (Execução de Impermeabilização). A classificação desse sistema pode ser feita quanto à flexibilidade do material, sendo cada uma de uso específico na construção. Se for rígido, como as argamassas poliméricas, deve ser utilizada em substrato não sujeito a grandes deformações nem fissuramento. Os flexíveis, como as mantas asfálticas, são indicados para substratos sujeitos a movimentações e deformações.
Para o serviço de impermeabilização ser bem sucedido, ele deve passar por um vasto planejamento e ser exaustivamente discutido por profissionais habilitados. O planejamento do serviço de impermeabilização deve ser cobrado desde cedo, do estudo preliminar ao projeto executivo, sendo desenvolvido em conjunto e compatibilizado com os demais projetos da construção.
Prof. Me. Felipe Oscar Pinto Barroso
Docente do Curso de Engenharia Civil do Centro Universitário Ateneu
Mestre em Engenharia Civil (Recursos Hídricos), especialista em Estruturas de Concreto e Fundações e graduado em Engenharia Civil
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