A primeira Revolução Industrial, com início na segunda metade do século XVIII, na Inglaterra, foi marcada pela substituição da produção artesanal para a produção maquinofatureira, em máquinas à vapor, com significativos ganhos em qualidade e produtividade. Na segunda Revolução Industrial, as indústrias passam a utilizar ferramentas e equipamentos elétricos, o que faz aumentar ainda mais a velocidade de produção. Já na terceira Revolução Industrial, a partir da década de 1970, vemos a evolução de sistemas informatizados, permitindo automatizar atividades repetitivas. Esses marcos da indústria causaram grandes transformações nos processos de produção industrial de bens e serviços pelo mundo inteiro.
Particularmente, em relação à construção civil, os avanços estão relacionados ao desenvolvimento de novos materiais, de equipamentos elétricos, e a utilização da informatização, mas não houveram mudanças tecnológicas significativas nos materiais, nos sistemas construtivos e, principalmente, nos processos envolvidos na forma como projetamos e construímos. A indústria da construção civil, em especial no Brasil, sempre foi caracterizada, em sua maioria, por atividades manufatureiras, utilizando mão de obra de baixa, ou nenhuma escolaridade.
Atualmente estamos passando por grandes e rápidos avanços tecnológicos, a chamada Indústria 4.0, que na construção civil combina a automação e tecnologia da informação, através da integração de diversas tecnologias, como a plataforma BIM, a inteligência artificial, a realidade aumentada, a utilização de drones, impressão 3D de edificações, e a internet das coisas (IoT), dentre outras chamadas de tecnologias inovadoras, que alteram e melhoram os processos e aumentam a produtividade.
As inovações tecnológicas avançam com tal rapidez que as instituições de ensino não conseguem acompanhar no mesmo ritmo com as alterações e modernização de suas grades curriculares. Nós, profissionais, ou futuros profissionais da área tecnológica, precisamos estar atentos às constantes inovações, buscando sempre o conhecimento e o aprimoramento de competências técnicas, pois o mercado está ávido por profissionais qualificados, ou no mínimo, com conhecimento sobre as novas tecnologias. Ou você acredita que as construções serão eternamente edificadas no método “tijolo por tijolo” ?
Prof. José Roberto Moreira de Barros
Docente do Curso de Engenharia Civil do Centro Universitário Ateneu
Especialista em Arquitetura de Hospitais, Clínicas e Laboratórios, tem MBA em Plataforma BIM e é graduado em Tecnologia em Construção Civil e em Arquitetura e Urbanismo
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