Transformações na Educação: será que não estava na hora?

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Com a pandemia da Covid-19 em 2020, o mundo teve que se reinventar também na área educacional. Em mais ou menos 15 dias, a maioria das instituições de ensino passaram do presencial para o on-line. Entendemos que ainda está difícil a relação humana neste modelo e estamos trabalhando para uma adaptação mais efetiva. Por outro lado, temos uma inclusividade maior, pois o ambiente virtual está abrangendo mais alunos, apesar da desigualdade social. E para termos um crescimento ainda maior, sem dúvida, precisamos do Estado, como estamos vivenciando no Ceará, que está investindo em tecnologia distribuindo chips e tabletes para os estudantes do ensino básico e universitário.

Talvez possamos pensar que uma formação aberta, moderna, multidisciplinar, com provocações sobre a forma de lidar com o pensar, o saber ouvir e o aprender também sobre outros pontos de vista seriam estratégias primordiais para o enfrentamento do novo mercado de trabalho e para o desenvolvimento humano do aluno. Será que os alunos das mais diversas áreas já refletem sobre isso? Ou quem sabe sobre a sustentabilidade do planeta e das empresas onde irão trabalhar? Ou como eles podem transformar o mundo atual em um mundo mais colaborativo e participativo? Desenvolver a versatilidade será, com certeza, o mais importante porque a desaceleração da formação técnica está aí. Que habilidades e competências o profissional de hoje necessita? E o do futuro?

Acredita-se que é importante o espírito colaborativo das instituições de ensino superior privadas no Brasil como forma de contribuir para a formação de jovens e de adultos que não tem oportunidade de estudar e que vem do ensino público, e também na qualificação de professores do ensino básico público. Oportunizar capacitação profissional, estruturar as instituições de ensino, oferecer um trabalho digno aos professores e estabelecer a profissão como essencial são passos grandiosos para o desenvolvimento do país.

Trazer uma parceria de aproximação do ensino superior privado na capacitação do professor para o ensino híbrido da educação básica já é uma mudança, visto que 65% dos professores que estão ministrando aulas no Brasil são provenientes de instituições de ensino superior privadas, segundo dado apresentado no XIII Congresso Brasileiro da Educação Superior Particular em 2021. Temos que criar oportunidade para atender 47,3 milhões de estudantes do Brasil. Sem educação, não saberemos nos posicionar politicamente, não teremos desenvolvimento tecnológico, crescimento econômico, social e nem respeito mundial.

Portanto, precisamos avançar e muito para desburocratizar a educação brasileira oportunizando mais autonomia, liberdade, crescimento e investimentos para as instituições. Assim, como está ocorrendo na avaliação virtual, tornando o processo mais dinâmico, promovendo uma gestão de qualidade, diminuindo a subjetividade nas avaliações e valorizando o tempo das mantenedoras para atender seu planejamento estratégico e concretizar seus sonhos.

Profª. Drª. Doralice Orrigo da Cunha

Docente do Curso de Educação Física do Centro Universitário Ateneu

Doutora em Ciências da Atividade Física e dos Esportes, especialista em Psicologia do Esporte e em Técnica de Natação, tem MBA em Gestão Estratégica de Pessoas e é graduada em Educação Física

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