Ser feliz no trabalho: realidade ou utopia?

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O sentimento de felicidade tem sido uma temática estudada em vários campos, mas dentro do contexto organizacional e do trabalho, tem crescido os interesses de estudos nos últimos anos, pois sabemos que colaboradores felizes são mais produtivos, satisfeitos e tendem a obter maior potencial de sucesso nas organizações.

Nesse contexto, podemos nos indagar: será que as pessoas atualmente estão em busca de um trabalho que de fato lhe promova realização e, consequentemente, lhe traga felicidade? E, em contrapartida, as organizações estão promovendo ambientes motivadores e adequados, para gerar engajamento e comprometimento das pessoas e sentimento de felicidade no trabalho?

O grande desafio das organizações atualmente está em oferecer elementos indispensáveis para a construção desse ambiente que gira em torno da qualidade de vida e do bem-estar. E do outro lado, as pessoas também estão sentindo a necessidade cada vez mais de investir em processo de autoconhecimento e desenvolvimento, a fim de identificar trabalhos que estejam alinhados ao seu propósito de vida.

Sabemos que o ato de trabalhar expressa importantes funções psicossociais no desenvolvimento das pessoas que vai além da mera subsistência. O trabalho representa a identidade do indivíduo e de seu papel na sociedade. Assim, é de exímio valor caracterizar melhor os determinantes do bem-estar e da felicidade humana no trabalho, visto que ocupa posição central na vida humana, podendo ser fonte de realização e de felicidade.

A Psicologia do Trabalho ocupa um papel importante para mediar as necessidades organizacionais e dos colaboradores. Dentro do processo de evolução histórica, a Psicologia procura enxergar o indivíduo como sujeito integral, em suas diversas dimensões e nas suas relações com as pessoas e com o trabalho.  A visão de sujeito negado da revolução industrial, onde os pensamentos, sentimentos e seus comportamentos eram ignorados, não mais são bem vistos dentro das relações de trabalho.

Apesar na nova visão dessa relação entre o sujeito e o trabalho, temos ainda um longo caminho a percorrer. Muitas organizações ainda estão presas a uma visão limitada, com pouco investimento em promoção de autonomia e em ações que possam aumentar a satisfação dos colaboradores.

Para o trabalho ter um significado, ele precisa ter um sentido pessoal e social e esse sentido é muito singular para cada sujeito. Dessa forma, o ponto central vai além de promover ações de promoção de saúde. As empresas devem zelar pela melhoria das condições do ambiente de trabalho e desenvolver os gestores, para que possam saber gerir relacionamentos em suas complexidades e em suas diversidades, não apenas gerir processos e tarefas.

Profª. Ma. Carla Maria Holanda de Lima Façanha
Coordenadora do Curso de Psicologia do Centro Universitário Ateneu
Mestra em Administração de Empresas, especialista em Administração em Recursos Humanos e graduada em Psicologia

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