Estamos completando precisamente um ano de pandemia. A criança que em fevereiro de 2020 estava com dois anos de idade, está completando agora exatamente três anos de existência. Seguindo a teoria piagetiana, esta criança está atravessando a ponte do estágio sensório motor, pulando para a fase pré-operacional, seguindo assim, na linha do tempo todos os transmites do desenvolvimento humano.
Acontece que a escola com as suas portas fechadas, crianças aquarteladas em suas casas, distantes dos vínculos sociais, o distanciamento entre docente e discente, sem a monitoria de alguém preparado para ajudá-la nesta travessia, como dar-se-á tal desenvolvimento de nossas crianças?
Gestores educacionais, educadores, psicólogos, estudiosos na área educacional e famílias estão todos preocupados, pois é sabido que consequências irreparáveis virão sobre as crianças que são as bases dos adultos de amanhã pelo fato de sofrerem uma espécie de sequestro dos direitos que a própria lei da vida lhes oferece.
Temos ouvido pelas bocas de quem sempre pesquisou estudou e trabalha com o desenvolvimento infantil que a pandemia provocará sérias consequências no desenvolvimento, físico, cognitivo, psicossocial e psicossexual em nossas crianças e para muitos especialistas, algumas consequências serão irreparáveis.
Não sabemos o que o futuro próximo está preparando para a escola e equipe técnica-pedagógica, incluindo o corpo discente, mas pelo que lemos, ouvimos e debatemos, não serão coisas leves nem fáceis de serem tratadas. Escola e educadores de todo naipe educacional precisam estar preparados para o amanhã, quando esta pandemia passar.
Prof. Dr. Deusimar Rodrigues
Docente do Curso de Pedagogia da UniAteneu
Doutor em Psicanálise, mestre em Psicologia do Desenvolvimento na Educação e graduação em Pedagogia, Psicanálise Clínica e em Teologia
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