Metodologias ativas

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Metodologias ativas tem sido um tema bastante comentado nesses últimos meses, tendo em vista a sua importância, sobretudo, para os estudantes tanto da Educação Básica quanto os do Ensino Superior que se encontram na modalidade de ensino EaD. Em tempos de distanciamento social, temos encontrado no ensino remoto (EaD) a ferramenta mais propícia para sanar as necessidades educacionais que se apresentam neste triste cenário que já se estende há mais de um ano.

Ao contrário do que muitos pensam, a tão comentada metodologia ativa (ou melhor, as metodologias ativas), não se trata nem de longe algo de surgimento recente. Para compreendermos as metodologias ativas, precisamos compreender que o arcabouço de ideias, concepções e ações pedagógicas denominado metodologias educacionais, não se compõe de pronto da noite para o dia. Metodologias de ensino são o resultado de longos períodos de estudos e experiências que com o desenvolver do processo são assim denominadas com base nas suas principais características.

No caso das metodologias ativas, a sua principal característica é fundar-se em uma perspectiva de estudantes ativos, professores ativos, e porque não dizer também, instrumentos e didáticas mais dinâmicas/ativas com a finalidade de vivificar o processo de ensino-aprendizagem. Assim, podemos dizer que as metodologias ativas são um amálgama de concepções, experiências e técnicas que ao longo do tempo foram ajuntadas para a elaboração de uma concepção de ensino que pudesse superar as fragilidades da aprendizagem.

Podemos então dizer que as metodologias ativas foram gradativamente sendo sistematizadas por volta dos anos 1980 como uma resposta ao ensino-aprendizagem forjados na educação tradicional. Esta última apresentava como característica marcante o aluno como receptor de informações e o professor como detentor do conhecimento. Tendo em vista o desenvolvimento econômico e cultural, este tipo de ensino foi cada vez mais se tornando obsoleto para as demandas da sociedade e agora com o caráter emergencial de novas perspectivas de ensino, as metodologias ativas são cada vez mais necessárias.

A aprendizagem passiva passa a ser superada pelos pesquisadores educacionais e aos poucos os professores vão buscando alternativas mais eficientes para a autoaprendizagem dos estudantes, tudo isto sem descartar a presença do professor que se torna também cada vez mais ativa. Atualmente denominamos metodologias ativas todo método de ensino que prevê as ações tanto de educadores quanto de educandos como atores ativos no processo de ensino-aprendizagem. Esta perspectiva de ensino, sem dúvida, contraria o aspecto mais latente (ou melhor descrevendo, inerte) da educação que denominamos de ensino tradicional.

Conceitos como autorresponsabilidade, consciência, dinamismo, busca, incentivo, uso das Tecnologias da Informação e Conhecimento (TICs) são aspectos que devem se fazer presentes na aprendizagem ativa. Podemos elencar como algumas ferramentas e métodos ativos o uso da EaD, o ensino híbrido, a sala de aula invertida, a pedagogia de projetos, os jogos na aprendizagem etc. Dizemos algumas com a segurança de reconhecer que a cada dia podemos ver nascer um novo suporte ou método desenvolvido por professores e pesquisadores que se debruçam sobre o tema ou mesmo entusiastas que enxergam na Educação um futuro melhor para as sociedades.

Profª. Ms. Hele Guerreiro

Docente do Curso de Pedagogia da UniAteneu

Mestre em Educação, especialista em Profissionais da Escola e Práticas Curriculares e graduada em Pedagogia

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