O reparo tecidual e a cicatrização de feridas cutâneas são processos complexos que envolvem uma série de eventos dinâmicos, desde a coagulação até a remodelação tecidual. Quando enfrentamos desafios na cicatrização de feridas, estratégias inovadoras são essenciais. A Fotobiomodulação tem se destacado, sendo uma ferramenta bastante versátil e que pode agregar resultados significativos no tratamento de lesões de pele.
O uso do laser de baixa intensidade, popularmente conhecido como “laserterapia” atua acionando mecanismos de sinalização celular por meio da absorção da luz pelos cromóforos, ativando a produção de ATP, e consequentemente, inicia-se uma cascata de eventos a nível molecular, celular e tecidual, onde estimula a proliferação e migração celular, além de ativar fatores de crescimento, aumento da síntese de colágeno pelos fibroblastos e promove angiogênese, melhorando a vascularização e ocasionando a retração das feridas, favorecendo o tecido de granulação.
Além disso, o laser demonstra efeitos analgésicos, aliviando a dor associada ao processo de cicatrização. A sua ação anti-inflamatória reduz a resposta inflamatória local, favorecendo o reparo tecidual. Estudos relatam que o uso do laser de baixa potência acelera a reepitelização de feridas e melhora a qualidade das cicatrizes. A influência positiva no comportamento do processo de reparo é evidente.
Baseado em evidências científicas, pode ser uma ferramenta valiosa na prática clínica, beneficiando pacientes em diferentes contextos de saúde, como em casos de feridas extensas desenvolvidas em diabéticos, cicatrização de úlceras venosas, úlceras arteriais, queimaduras, lesão por pressão, feridas cirúrgicas, entre outras. A laserterapia de baixa potência oferece um potencial significativo para aumentar as opções terapêuticas disponíveis para cirurgiões e profissionais de saúde.
Profª. Antônia Leilah Abreu de Sousa Moreira
Docente do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário Ateneu
Especialista em Fisioterapia Dermatofuncional e graduada em Fisioterapia.
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