A criança tem a necessidade de brincar, e esta necessidade está garantida por lei. O brincar não se resume em brinquedos, mas na atitude da criança diante as atividades realizadas. Essa experencia deve ser permeada de alegria e satisfação, do contrário pode acarretar diversos distúrbios de comportamento nas crianças. A cada etapa evolutiva da criança, o jogo sofre modificações, mas é de grande importância que ela entre em contato com cada uma das etapas do jogo.
Os brinquedos objetivam a exploração, o aprendizado do mundo externo, estimula os sentidos, as funções sensoriais, motoras e emocionais. Os jogos, por sua vez, apresentam funções sociais, estimula o conhecimento e criam condições para as crianças experimentarem emoções e conflitos. Segundo Wallon (1979), o brincar é uma atividade emocional que influencia diretamente nas emoções e favorece no crescimento mental da criança, é uma singularidade da infância que proporciona o desenvolvimento. As atividades lúdicas são de grande importância para as crianças, pois se converte em uma ferramenta que deve ser disponibilizada no processo de ensino-aprendizagem.
Os jogos por sua vez possibilitam que as crianças aprendam através do brincar, podendo desenvolver a capacidade de criar jogos. Por meio da comunicação com os colegas, com os pais, irmãos e professores, adquirem condições de desenvolvimento para a diversidade de experiências. Friedman (1996) afirma que por meio dos jogos as crianças se desenvolvem, entendem e compreendem seu desenvolvimento a fim de aprender e se expressar no mundo que as cercam. Já Santin (2001) afirma que uma criança vai experimentar o mundo em sua volta e seu próprio mundo quando estiver brincando, e assim desenvolver contatos e relações.
Nas brincadeiras, a criança utiliza seu corpo e movimento como uma forma de se relacionar com as outras pessoas e com o meio, construindo culturas. Essas culturas baseiam-se nos valores do jogo, da criatividade e da experiência de movimento. Por essa razão, concebe-se que as atividades escolares precisam ser respeitadas e compreendidas, e as crianças são convidadas a crescerem e a se desenvolverem. Quando as crianças estão se divertindo no brincar, também estão aprendendo, descobrindo novas habilidades e possibilitando novas descobertas.
Quando as crianças brincam, aprendem, criam, recriam, repensam seus eventos imaginativos, e desenvolvem o aprendizado através da diversão. Mas os jogos nem sempre são guiados da mesma forma, se joga de diferentes maneiras, o que contribui com a aprendizagem e tem a função educativa de promover o crescimento da criança.
Referências Bibliográficas
FRIEDMANN, Adriana. Brincar, crescer e aprender: o resgate do jogo infantil. São Paulo: Moderna, 1996.
SANTIN, Silvino. Educação Física: da alegria do lúdico à opressão do rendimento. 3. ed. Porto Alegre, 2001.
WALLON, Henry. A psicologia genética. Trad. Ana Ra. In. Psicologia e educação da infância. Lisboa: Estampa (coletânea), 1979.
Profª. Ma. Fernanda Sleiman Rodrigues
Docente do Curso de Pedagogia do Centro Universitário Ateneu
Doutoranda e mestra em História Contemporânea e graduada em Jornalismo
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